No mundo das telecomunicações, se as pessoas não estão falando sobre o Covid-19, provavelmente estão falando sobre o 5G. A promessa de tal serviço sem fio é apresentada para fornecer conectividade barata, rápida e onipresente, aumentando em dez vezes as velocidades de conexão nos serviços 4G atuais. No entanto, a realidade é que o 5G não é mágico, como a publicidade em torno dele diz ser.
5G é o padrão de tecnologia de quinta geração para redes celulares. A principal vantagem é que ele tem maior largura de banda, permitindo que as novas redes expandam consideravelmente o serviço além dos telefones móveis para o serviço geral da Internet, para conectividade tradicionalmente fixa à casa, escritório, fábrica e outros locais de trabalho. Supõe-se que as novas redes 5G concorrem com as tecnologias de dados via cabo como Internet por meio de cabos coaxiais/ópticos ou par trançado, e habilite novos modelos de Internet das Coisas (IoT) e Machine-to-Machine (M2M).
Mesmo com a promessa do 5G, transições semelhantes mostraram, por mais de uma vez, que os problemas com congestionamento e QoE serão os mesmos ou piores. Isso se dá porque a tecnologia móvel tem provado repetidamente que o modelo “Se você construir … eles virão” como verdadeiro. Por exemplo, se você construir uma nova rodovia ou adicionar faixas, mais pessoas usarão seus carros – aumentando a demanda e gerando mais tráfego. Essa regra se aplica às telecomunicações – à medida que a largura de banda se torna mais disponível, o consumo aumenta.
Para entender melhor as atitudes do setor de telecomunicações em relação ao 5G, A Allot, fornecedora de soluções inovadoras de inteligência e segurança de rede para provedores de serviços, realizou uma pesquisa com os gerentes de engenharia de dezenas de CSPs. Confira os dados concluídos:
51% dos CSPs (Provedores de Serviços de Comunicação Inteligente) pesquisados temem que o tráfego DDoS no 5G seja maior, 50% acham que o congestionamento continuará sendo um problema e 66% estão preocupados com o fato de a IoT gerar mais tráfego DDoS de saída.
48% dos CSPs relatam que o DDoS é responsável por 3-5% do tráfego de sua rede e outros 11% relatam que são responsáveis por 6-10%. Existe uma grande preocupação de que o aumento da implantação da IoT a torne ainda pior. Mais da metade dos CSPs pesquisados preveem que o 5G aumentará ainda mais o tráfego DDoS.
A corrida para lançar a tecnologia 5G está bem encaminhada, mas as empresas de telecomunicações em todo o mundo estão preocupadas com o fato de o 5G não ser a bala de prata prevista. O investimento é enorme e não está claro quais casos de uso renderão um alto ARPU.
Então, também por meio da pesquisa, a Allot reuniu três dicas de como os CSPs (Provedores de Serviços de Comunicação Inteligente) podem aproveitar novos serviços 5G e monetizar da maneira mais eficaz para maximizar o ROI:
Nas redes 4G, a operadora aloca quotas de consumo de tráfego para os usuários sem considerar quais aplicativos são usados. Já nas redes 5G, o foco muda do tamanho do pacote mensal fornecido pelo operador para garantir a qualidade da experiência. Isso é feito cortando ou alocando recursos de ponta a ponta para obter a experiência necessária para aplicativos específicos.
Por exemplo, diferentes fatias podem ser fornecidas para downloads de arquivos que não são sensíveis à latência e para jogos na nuvem, que são sensíveis à latência. Para manter a QoE no mesmo nível, essas fatias devem atender a diferentes requisitos com diferentes níveis de preços para diferentes usuários.
A diferenciação entre uma variedade de pacotes de serviços personalizados e a determinação do preço deles exige DPI uma inspeção profunda de pacotes, empregando algoritmos de aprendizado de máquina e inteligência artificial, como os implementados pela Allot. A garantia de QoE permite que os CSPs compensem o crescimento inesperado da demanda.
No domínio da segurança, há uma oportunidade ainda maior para as operadoras de rede. As redes 5G têm maior vulnerabilidade de segurança devido a uma combinação de vários fatores:
Além de recursos de segurança baseados em rede que incluem vários elementos interessantes e relevantes: proteção contra malware, fornecida com nossa solução NetworkSecure, Proteção DDoS, fornecida com a nossa oferta DDoS Secure, e proteção de firewall, que faz parte da nossa oferta IoTSecure.
A transição para o 5G representa uma enorme oportunidade para as operadoras, pois o uso principal é o provisionamento de acesso de banda larga sem fio fixa para pequenas e médias empresas e clientes. Com a tecnologia de suporte correta, as empresas do setor podem diferenciar suas ofertas e oferecer serviços premium. Também podem aumentar as receitas implementando recursos avançados de segurança na rede 5G, fornecendo proteções avançadas e um conjunto atraente de serviços em toda a rede.
*Thiago Souza é responsável pela operação brasileira da Allot
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