Home office estimula inclusão de PCDs no mercado de trabalho
Segundo a Catho, as áreas administrativas, financeira e industrial liberaram oportunidades para pessoas com deficiência
Inserir as pessoas com deficiência (PCDs) no mercado de trabalho ainda é um desafio, uma vez que muitas organizações não apresentam condições adequadas para recebê-las. Sem contar as dificuldades que esses trabalhadores encontram no deslocamento até o local de trabalho. De acordo com a Catho, essa realidade está começando a mudar conforme a adoção do home office avança entre as empresas.
Quase metade dos colaboradores com deficiência já deixou de ir a uma entrevista de emprego por dificuldades de deslocamento, revela o site de empregos. Os principais obstáculos citados são calçadas inapropriadas (63%); falta de infraestrutura acessível, como rampas e faróis inteligentes (26%) e transporte ineficiente ou não adaptado (22%).
Considerando que 45 milhões dos brasileiros apresentam alguma deficiência, segundo o IBGE, apenas 1% está empregada. “Acreditamos que a falta de acessibilidade é um dos aspectos que dificultam a participação das pessoas com deficiência no mercado de trabalho”, analisa Patricia Suzuki, CHRO da Catho.
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Porém, a especialista aponta que o aumento da oferta de empregos na modalidade home office e ou híbrida permite reduzir as barreira de deslocamento, ampliando o acesso a essa população a oportunidades de trabalho.
De acordo com a Catho, a área que mais ofertou oportunidades para PCDs em julho foi a administrativa (51). Em seguida, aparecem suprimentos (9%), comercial e vendas (8%), telemarketing (7%), informática (6%) e financeira (5%).
Com objetivo de estimular a inclusão desse público nos processos seletivos, a Catho criou um programa chamado Minha Vaga Por Direito, que concede acesso gratuito à assinatura para anúncio de currículo. Para obter o benefício, os usuários devem fazer o cadastro na plataforma e enviar um laudo ou certificado de reabilitação do INSS.
“Além da conscientização, queremos facilitar o caminho para que esses profissionais se candidatem às vagas de emprego, consigam demonstrar suas competências nas etapas do processo seletivo e alcançar a contratação e a tão esperada inclusão”, conclui Suzuki.
