Após denúncia de invasão hacker em, pelo menos, 1.400 dispositivos, muitos dos quais pertenciam a jornalistas e ativistas dos direitos humanos, empresas como Google, Cisco e VMware juntaram-se à Microsoft em apoio legal movido pelo WhatsApp contra a empresa de inteligência NSO Group, de acordo com TechCrunch. O grupo israelense desenvolve e vende acesso governamental ao seu spyware Pegasus, permitindo que seus clientes possam invadir dispositivos de seus alvos.
Leia também: iPhones de jornalistas foram hackeados com spyware de empresa israelense, diz Citizen Lab
A aliança acusa o NSO de usar uma vulnerabilidade não divulgada no WhatsApp para hackear pelo menos 1.400 dispositivos. O grupo tem em sua lista de clientes governos autoritários como Arábia Saudita, Etiópia e Emirados Árabes Unidos.
Spywares como o Pegasus podem rastrear a localização de uma vítima, ler suas mensagens e ouvir suas chamadas, roubar suas fotos e arquivos e desviar informações privadas de seu dispositivo. O spyware é frequentemente instalado enganando um alvo para que ele abra um link malicioso ou, às vezes, explorando vulnerabilidades nunca antes vistas em aplicativos ou telefones para infectar silenciosamente as vítimas com o spyware.
No ano passado, o WhatsApp processou a NSO depois de encontrar e corrigir uma vulnerabilidade que dizia estar sendo usada para entregar o spyware de nível governamental, em alguns casos sem que a vítima soubesse, diz o site.
A Microsoft (incluindo suas subsidiárias LinkedIn e GitHub), Google, Cisco, VMware e a Internet Association, que representa dezenas de gigantes da tecnologia, incluindo Amazon, Facebook e Twitter, alertou a gravidade e o perigo de invasões de privacidade no desenvolvimento de spyware e ferramentas de espionagem como o Pegasus.
Tom Burt, Chefe de Segurança e Confiança do Cliente da Microsoft, disse que a NSO deve ser responsável pelas ferramentas que constrói e pelas vulnerabilidades que explora. “As empresas privadas devem permanecer sujeitas à responsabilidade quando usarem suas ferramentas de vigilância cibernética para infringir a lei, ou permitir intencionalmente seu uso para tais fins, independentemente de quem são seus clientes ou o que eles estão tentando alcançar”, disse Burt. “Esperamos que ficar junto com nossos concorrentes hoje por meio deste amicus brief ajude a proteger nossos clientes coletivos e o ecossistema digital global de ataques mais indiscriminados”.
A NSO contestou repetidamente as alegações, mas não foi capaz de convencer um tribunal dos EUA a desistir do caso no início deste ano. A principal defesa legal da NSO é que ela tem imunidades legais porque atua em nome dos governos, mas uma coalizão de empresas de tecnologia se aliou ao WhatsApp e agora pede ao tribunal que não permita que a NSO reivindique ou esteja sujeita à imunidade, de acordo com o TechCrunch.
O Governo Biden anunciou, nesta segunda-feira (6), que o programa CHIPS for America destinará cerca…
Nem só de inteligência artificial vivem os executivos de TI das empresas. Sabendo disso, o…
As tecnologias exponenciais são aquelas que demonstram rápido desenvolvimento, apresentando um potencial de transformação imenso…
As operadoras de telefonia Claro, TIM e Vivo tomaram a iniciativa de liberar o acesso…
Durante o IT Forum Trancoso 2024, executivos discutiram as estratégias para contratar e reter a…
As startups ativas do setor de saúde – ou healthtechs – alcançaram o número de…