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Gol faz reconhecimento facial do passageiro no portão de embarque

Pioneira no Brasil com serviço de check-in pelo smartphone, a Gol saiu na frente com mais uma inovação para facilitar a vida dos passageiros, reduzir custos e aumentar a lucratividade. A novidade é o serviço de embarque biométrico, inaugurado no aeroporto do Galeão, no Rio de Janeiro. O sistema identifica os clientes no portão de embarque pelo reconhecimento facial, diminuindo filas e o tempo das aeronaves em solo.

“Somos a primeira empresa aérea brasileira a utilizar essa tecnologia no processo de embarque e com segurança”, entusiasma-se Paulo Palaia Sica, CIO da Gol, vencedora do prêmio As 100+ Inovadoras no Uso de TI, da IT Mídia em parceria com a PwC, na categoria Transporte e Logística.

Ele informa que a companhia está negociando com a administrações de outros aeroportos para ampliar a iniciativa. Até agosto de 2020, ele espera levar o sistema de embarque biométrico para cinco aeroportos onde a companhia aérea registra mais movimento que são Santos Dumont (RJ); Guarulhos e Congonhas (SP); Brasília (DF) e Salvador (BA).

Embarque imediato

O reconhecimento facial dispensa a apresentação do cartão de embarque em papel ou no smartphone. Um totem instalado no portão de embarque faz foto do passageiro e checa as informações para liberação da sua entrada no avião. A ferramenta utiliza os mesmos recursos do serviço de Selfie Check-in pelo aplicativo da Gol, lançado em junho de 2017.

A nova tecnologia tem o objetivo de reduzir o intervalo entre pouso e decolagem das aeronaves. CIO da Gol avalia que a automação do processo de identificação do passageiro no portão do embarque traz mais agilidade. Os agentes não precisarão mais ticar o cartão de embarque nem consultar a reserva do cliente em caso de perde ou danificação desse documento.

“Seremos mais rápido e assertivos. Todos os minutos que conseguirmos economizar ao longo do dia contribuirão para uma economia expressiva para conter custos”, afirma o executivo.

Negócios com mais inovação

Com uma frota de quase 140 aeronaves, a Gol faz aproximadamente 850 voos por dia, entre domésticos e internacionais. “A companhia aérea precisa manter os aviões voando para ser lucrativa”, ressalta Palaia, dizendo que “não existe uma única bala de prata” para aumentar a receita da empresa. Por isso, a Gol vem se apoiando em inúmeras tecnologias para ganhar eficiência operacional em um cenário mais desafiador.

O CIO observa que setor aéreo brasileiro registrou perdas de aproximadamente US$ 10 bilhões nos últimos dois anos por causa da retração da economia. Como resultado disso, o que Produto Interno Bruto (PIB) do segmento encolheu.

Há ainda os impactos da variação cambial e alta do combustível, principalmente depois do ataque à petroleira Aramco, da Arábia Saudita. “Hoje, 44% dos nossos custos estão atrelados ao dólar”, conta Palaia, enfatizando a corrida frenética da Gol por inovações para transformar negócios.

Uma demonstração disso é a inauguração há pouco mais de dois anos do GolLabs, laboratório de inovação, unidade de negócios, liderada por um grupo de experts de diversas áreas da companhia como TI, marketing e finanças. O time tem como missão trabalhar ideias para aprimorar as operações e o atendimento aos clientes, como é o caso do projeto de embarque biométrico.

Para Palaia, a inovação na Gol vai muito além da TI. Qualquer colaborador da companhia pode levar ideias ao GolLabs. Esse tema faz parte do dia a dia da empresa, mas o executivo reconhece não ser fácil derrubar as barreiras culturais da aviação que segue o lema de que “apenas o perfeito é aceito”.

Finalistas da categoria Transporte e Logística

1º Gol – Paulo Palaia Sica, CIO

2º Copercarga – Denny Mews, head of Digital Business

3º Grupo Sada – Ricardo Del Razo, CIO

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