GM começará testes públicos com carros compartilhados no Brasil em 2017

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3:09 pm - 08 de novembro de 2016
GM começará testes públicos com carros compartilhados no Brasil em 2017

A General Motors do Brasil vai começar os testes públicos com carros compartilhados a partir de 2017. A informação sobre o uso do Maven – como é conhecido o sistema de car sharing – no País foi confirmada nesta terça-feira (08/11) pelo gerente de operações OnStar da GM, André Nishimura.

Durante palestra que abriu o Palco Transformações no primeiro dia do IT Forum Expo, o executivo da montadora confirmou que os testes internos estão sendo feitos nas fábricas da empresa em Gravataí, São José dos Campos e São Caetano do Sul.

Ao todo, 17 carros foram disponibilizados nas plantas para os funcionários. Por meio de aplicativo, eles podem agendar o uso do veículo por um período específico de tempo (uma hora, por exemplo). A unidade que possui maior quantidade de automóveis para os testes é a do ABC Paulista.

Nishimura explica que para 2017, a GM estuda liberar os testes do Maven para alguns “condomínios ou cidades”, mas ainda não pôde confirmar em quais localidades do Brasil. Ele ressaltou que o sistema de compartilhamento de carros está sendo usado “há bastante tempo com sucesso” em cidades dos Estados Unidos, como Nova York e Los Angeles e pretende replicar seu modelo para o Brasil.

GM OnStar
Nishimura ainda apresentou novos dados do OnStar no Brasil, sistema de apoio ao motorista que vem embarcado nos modelos mais recentes dos carros Ônix, Cruze, Prisma e Spin da GM.

O serviço que possui funções de concierge, segurança, emergência, navegação e aplicativo que podem ser acessados pelo condutor por meio de celular, PC ou através de botão de emergência no painel do carro – que aciona o contato com o call center -, já possui mais de 45 mil usuários ativos no Brasil e diariamente entre 1 mil e 1,2 mil carros são ativados.

Dos consumidores ativos, metade baixaram o aplicativo. Pelos menos 64 casos de emergência já foram registrados em um ano de existência da plataforma e 20 casos de “samaritanos” – quando acontecem acidentes com outras pessoas e o motorista reporta para o call center acionar o socorro.

Diagnóstico e segurança
Além do uso do OnStar pelos usuários, o executivo da montadora apresentou uma nova funcionalidade do sistema, o diagnóstico. Por meio de app ou acesso web, o sistema poderá dar informações aos clientes sobre peças do carro – como air bag, motor e suspensão – e alertar o cliente sobre o momento para troca de óleo e quando deve calibrar os pneus, além de ter opção de ligar para uma autorizada ou marcar uma revisão diretamente pela plataforma.

Questionado se a nova função poderá influenciar no relacionamento com concessionárias. Nishimura frisou que, de fato, até vai ajudar as parcerias na agilidade e relacionamento com os condutores de seus carros.

“A função diagnóstico nasceu para trazer facilidade nas concessionárias. O funcionário já vai ter uma breve informação antes do carro chegar”, explicou o gerente da GM. “A troca de um equipamento passa a ser mais rápida e gera uma economia de tempo para o cliente e para a concessionária”.

Outro ponto levantado durante a palestra foi sobre a segurança dos veículos, uma vez que os carros com o OnStar estão conectados à rede de telefonia da Claro o tempo todo e poderiam ser vítimas de ataque. O líder de TI para OnStar da GM na América do Sul, Fernando Rostock, disse que testes foram realizados com exaustão por diversas equipes de segurança de TI da GM mundial.

“A GM é uma empresa multinacional, temos protocolos seguros e equipe de cibersegurança muito forte no mundo todo. Mas antes de lançar qualquer serviço para o público, cada ponto de entrada passa por exaustivas análises em diversas equipes de diversos países”, frisou o especialista. “Na GM nós temos uma vice-presidente de cybersecurity que responde diretamente à CEO global. Essa pessoa esteve aqui algumas semanas atrás e trabalham passo a passo para podermos entregar o serviço com segurança.”

Seu colega, Nishimura, ainda exemplificou ao lembrar que o lançamento do aplicativo no ano passado demorou duas semanas além do prazo estipulado, pois queriam confirmar se não existia uma “porta aberta” para ataques. Após quinze dias de testes, foi confirmado que não havia o back door e o app do OnStar foi lançado.

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