O papel da inovação precisa estar alinhado às mais diversas equipes de uma empresa. Na adoção de um Robotic Process Automation (RPA), por exemplo, é necessário debater e entender como tais mudanças podem impactar os negócios.
Recentemente, a Gavilon do Brasil passou a adotar soluções de RPA nos setores de logística, financeiro e faturamento. Buscando entender como funcionou tal processo, conversamos com Eduardo Marcelino, CIO da empresa. A Gavilon é uma trading de grãos controlada pela Marubeni, de origem japonesa. Ela se tornou uma das principais exportadoras de soja e milho do Brasil.
A ideia do projeto, realizado em parceria com a Quality, foi de automatizar o lançamento de fretes, entrada de notas de compras e emissões de NFe (nota fiscal eletrônica). “Essa mudança foi gradual”, disse Marcelino. Como explicado, o RPA “lança tudo [notas], gera a fatura e, pela noite, as faturas são aprovadas e enviadas para o financeiro pagar o fornecedor, sem intervenção humana nenhuma”.
O que motivou a companhia a adotar o modelo foi uma mistura de agilidade com redução de custos. “Quando temos um processo mais ágil, o fornecedor recebe mais rápido”, disse.
Marcelino diz que o quadro de funcionários para essas tarefas foi reduzido em 70%, mas “os talentos não foram desligados”. Segundo ele, os trabalhadores foram realocados para atividades mais analíticas e de conferência.
Pergunto se tal mudança não gerou desconforto entre os usuários, e Marcelino diz que “eles ficaram com medo, sim. Perguntaram ‘mas o que eu vou fazer?’, ‘se o robô vai fazer isso, eu vou fazer o quê?’”.
Por outro lado, ele explica que a decisão foi bastante discutida. “Na conversa com eles [funcionários], explicamos que somos uma empresa enxuta e estamos dando oportunidade de fazer uma coisa que tenha mais valor”, afirmou.
Novos projetos, naturalmente, têm algum custo; ainda que nasçam com a expectativa de reduzí-los operacionalmente. Neste caso, Marcelino diz que foi algo “mais cultural do que financeiro”.
Ele explica que é preciso “mostrar que o projeto tem valor”. E, assim, “independente do custo, a gente vai fazer. Seja caro ou barato.”
É natural, também, que empresas adotem novas tecnologias como um reflexo “de fora”. Ou, em determinados casos, acompanhando as tendências de adoção de outras companhias ou do mercado geral.
Segundo Marcelino, o RPA foi levado para a empresa “por questões da própria Gavilon, estratégia nossa de inovação”. Ele afirmou ainda que a Gavilon do Brasil foi “o primeiro país do grupo a implementar o RPA”.
A companhia também pensa em levar o modelo para outras localidades, “talvez até para a matriz”, que fica em Nebraska, Estados Unidos. Ele cita, ainda, que “o processo americano é diferente do nosso, mas a tecnologia, em si, pode ser usada em qualquer lugar.”
O processo de modernização, como explicou, é “alinhado com a diretoria da empresa”. O executivo acrescenta que outras áreas também já buscam novas tecnologias porque viram “que deu sucesso para algumas áreas”.
Outros dois processos fazem parte da estratégia de inovação da empresa: “um é o de descarga no porto; e mais uma parte de nota fiscal, sobre fretes por conta do vendedor”, acrescentou.
Segundo a Gavilon, o tempo de emissão de nota foi reduzido pela metade, além do tempo de processamento de CT-es e faturas de fretes.
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