Fundador do Telegram é preso na França; entenda o motivo
Prisão reacendeu o debate sobre a responsabilidade das redes sociais na segurança online
Pavel Durov, fundador do Telegram, foi detido no sábado (24) pelas autoridades francesas sob acusação de falhas na moderação de atividades criminosas na plataforma, incluindo a disseminação de material de abuso sexual infantil. A prisão ocorreu no aeroporto Paris-Le Bourget, quando Durov chegou ao país em seu jato particular vindo do Azerbaijão.
A agência francesa Ofmin, dedicada à prevenção de violência contra menores, alegou que a plataforma não tem cooperado adequadamente no combate a crimes sexuais envolvendo crianças. O escritório do procurador de Paris confirmou a investigação, mas não forneceu detalhes adicionais. A prisão preventiva de Durov foi estendida para até 96 horas.
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As autoridades francesas estavam investigando se as falhas de moderação do Telegram facilitaram atividades ilegais, como terrorismo, tráfico de drogas, lavagem de dinheiro, fraude e exploração infantil. Embora houvesse rumores de um mandado de prisão, o Telegram afirmou que Durov “não tem nada a esconder” e que a moderação da plataforma segue os padrões da indústria.
Durov, conhecido como o “Mark Zuckerberg da Rússia”, fundou o Telegram em 2013 e desde então a plataforma alcançou quase 1 bilhão de usuários, tornando-se um importante meio de comunicação em zonas de conflito. Entretanto, a abordagem de Durov, que prioriza a liberdade de expressão em detrimento da moderação de conteúdo, tem gerado críticas.
A prisão de Durov é a ação mais drástica até o momento contra um executivo de redes sociais e acende o debate sobre a responsabilidade das plataformas na segurança online versus a ‘liberdade de expressão’.
O que é o Telegram?
Elon Musk e a defesa de Durov
Defensores da liberdade irrestrita de expressão, como Elon Musk, criticaram as autoridades francesas, com Musk utilizando a hashtag “#freepavel” em sua rede social, X.
Durov, que tem dupla cidadania franco-emiradense, fugiu da Rússia em 2014 após recusar supostamente o acesso do governo russo aos dados de usuários ucranianos. Nos últimos anos, ele tem tentado distanciar o Telegram de suas origens russas, mas enfrenta críticas de que o Kremlin ainda poderia ter influência sobre a plataforma.
*Com informações do Financial Times
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