Fraudes contra canais digitais de teles crescem 221% em 2021

Estudo da Vesta mostra crescimento de fraudes de 860% desde o começo da pandemia, em março de 2020

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5:56 pm - 10 de setembro de 2021
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Ataques cibernéticos e fraudes contra canais digitais de empresas de telecomunicações no Brasil aumentaram 221% no primeiro semestre de 2021 e 860% desde o começo da pandemia, em março de 2020. Considerando que o número de assinantes de telefonia móvel na América Latina chegará a 484 milhões em 2025, ou 73% da população, é provável que as empresas de telecomunicações se tornem alvo crescente de golpistas e fraudes eletrônicas.

Os números e o alerta são da Vesta, plataforma de garantia de transações para compras online. Segundo a empresa, apesar do crescimento do número de tentativas de fraude no setor de telecom, é nos setores de governo, varejo e saúde que estão as empresas mais afetadas por este tipo de ataques.

Os maiores problemas enfrentados pelas empresas de telefonia móvel no Brasil são baixas taxas de aprovação, atrito e perda do cliente, incapacidade de aceitar métodos de pagamento alternativos e altas taxas de fraude.

“Provedores de telecomunicações estão sendo cada vez mais atingidos por redes fraudulentas, bem como por clientes ‘legítimos’, o que afeta diretamente as receitas devido a falsas rejeições e estornos”, explica Oscar Bello, diretor-geral da Vesta Americas. “Existe uma ‘batalha’ constante entre os setores de uma empresa de telecomunicações que procuram, por um lado, potenciar as vendas e a experiência do cliente e, por outro, cessar os ataques e os modelos de fraude.”

Golpes mais comuns

Os tipos de fraude mais praticadas pelos golpistas incluem a falta de pagamento no cartão (CNP), incluindo acesso à carteira digital armazenada no dispositivo. Também a fraude de troca de microchip, levando a sequestro de conta.

O terceiro mais comum é a fraude de compartilhamento de renda internacional (IRSF), em que o ladrão usa números de telefone com tarifa premium para induzir as vítimas a ligar para eles, gerando renda para o golpista. Por exemplo, ele liga para a vítima e ela desliga ao primeiro toque, convidando a vítima a ligar de volta.

Globalmente, o custo anual da fraude de identidade no setor de telecomunicações é de mais de US$ 32 bilhões. Apesar de a fraude neste setor ter crescido 37% nos últimos 3 anos, apenas 6% das empresas que o integram utilizam inteligência artificial ou recursos de aprendizagem automática para se protegerem.

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