Flexibilização dos locais de trabalho pode ser uma das repostas para as crises hídrica e energética

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8:09 am - 13 de maio de 2015
Flexibilização dos locais de trabalho pode ser uma das repostas para as crises hídrica e energética
Diante da maior seca da história e de uma já estabelecida crise energética e hídrica no Brasil, é preciso estar atento e buscar formas de evitar impactos tanto na produtividade dos colaboradores, como na rentabilidade das empresas. O racionamento, além de interromper a produção, por exemplo, encarece os valores pagos por esses escassos, porém essenciais, recursos para qualquer companhia, independente do segmento. Além disso, embora demissões precisem ser evitadas, é crucial para a sobrevivência das empresas minimizar custos. 

Então, por que não aproveitar o fato de vivermos o período de maior interconectividade da história humana para responder a esse desafio? Apostar na videocolaboração é uma das saídas. As pessoas precisam estar preparadas para trabalhar e colaborar a partir de qualquer lugar. Inovações tecnológicas de áudio e vídeo são atualmente capazes de alavancar a colaboração e trazer a realidade dos “locais de trabalho do futuro” para os dias de hoje. 

Esses chamados ambientes do futuro não consistem simplesmente em um lugar ou “coisa” e sim em uma experiência resultante da convergência de tecnologias, pessoas e processos, em uma experiência digital que relaciona diretamente as vidas pessoais e profissionais. 

As iniciativas de trabalho flexível e de home office estão inseridas dentro desse contexto de ambiente de trabalho do futuro, originado nos EUA e que no Brasil já é visto com bons olhos pelas organizações. Uma recente pesquisa feita pela Polycom, mostrou que cerca de 68% dos brasileiros irão preferir a vídeo colaboração como  sistema de comunicação nos próximos três anos.

A videocolaboração contribui no dia a dia, aumentando não só a comodidade, como também a produtividade. É óbvio que o colaborador conquista melhor equilíbrio entre trabalho e vida pessoal e ainda reduz custos e tempo com seus deslocamentos de casa para o escritório. Porém, para as organizações as vantagens dos “locais de trabalho do futuro” são inúmeras e de grande relevância nesse atual momento de crise. Ao permitirem que seus funcionários trabalhem de outros lugares, conseguem tornar as instalações físicas mais enxutas, o que reflete em um consumo de energia elétrica menor e ainda reduz a emissão de carbono na natureza, item diretamente relacionado à questão da crise elétrica.
 
Coincidentemente, para exemplificar como em tempo de falta de energia a videocolaboração pode ser eficiente, usaremos o caso de uma das maiores empresas do setor elétrico brasileiro. A CPFL conseguiu aumentar a produtividade de seus executivos em 66% com videocolaboração.  O uso dessa tecnologia permitiu que mais de 250 colaboradores passassem a se reunir virtualmente. Graças a isso, foi registrada uma redução dos deslocamentos e a companhia diminuiu em torno de 14 mil quilos a emissão de CO² na atmosfera. O número de carros da frota também pôde ser reduzido em 50% e o que é melhor, o ROI do projeto, no qual foram investidos cerca de R$ 500 mil, ocorreu em 36 meses.
 
Dessa forma, para que as empresas mantenham o ritmo com todas essas rápidas mudanças e diante deste cenário adverso, é fundamental abraçar a colaboração como uma prática por toda a empresa. É importante ter em mente que nesse mundo, mais virtual e competitivo do que nunca, é essencial viabilizar a conexão e a colaboração a partir de qualquer lugar, com a mesma qualidade e segurança de um encontro face a face. 

Como a ideia é manter as equipes em pleno funcionamento, é preciso contar com soluções de colaboração que se ajustem à forma das equipes trabalharem, e não o contrário. E que também sejam capazes de conduzir as empresas ao sucesso e criem uma experiência colaborativa ao mesmo tempo natural e com facilidades de uso. A videocolaboração, portanto, reflete de forma positiva e significativa em um enorme benefício para o negócio – ganho na produtividade do colaborador, na economia financeira e ainda nas questões ambientais. E o que mais as empresas precisam em época de crise? 
 
*João Aguiar é gerente de engenharia da Polycom

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