FireEye prepara atuação 100% via canal

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12:15 pm - 24 de março de 2017

A previsão de Leandro Roosevelt, novo diretor de Vendas da FireEye Brasil, é que até o final de 2017, toda a operação em solo nacional da empresa esteja realizando fechamento de contratos por meio de parceiros. Essa meta é ousada, considerando que essa estratégia global tem previsão para 2018.

Quando Roosevelt chegou à FireEye, companhia global de segurança avançada de TI, em janeiro deste ano, o quadro comportava o mix de 70% das vendas sendo realizadas por meio de canais e o restante diretamente pela corporação.
“Na verdade, não acredito muito nesse modelo misto. Sabemos que na maior parte das vezes não funciona e então chego também com essa missão. Por isso, estou muito entusiasmado com o início dos trabalhos”.

O executivo recém-chegado, que também será responsável por dar prosseguimento ao crescimento apresentado pela empresa, presente há seis anos no País, diz que o primeiro trimestre foi dedicado a arrumar a casa.“Contabilizei 28 parceiros contratuais, sendo oito deles efetivos, ou seja, aqueles que estão mais à frente de contratos e mais ativos e prospectam oportunidade. É esse perfil de parceiro que iremos buscar e priorizar”, diz.

Segundo ele, a empresa não pretende trabalhar com uma rede grande de parceiros e sim irá primar pela qualidade deles. “Canais especializados em segurança irão fortalecer nossa estratégia. Fechamos recentemente parceria com a EZ-Secutity e um novo contrato já foi fechado”, relata.

O plano de Roosevelt já está traçado. Todos os atuais parceiros serão treinados e irão buscar outros especializados em segurança da informação e serviços gerenciados para compor o time de canais. “Em abril, vamos realizar uma campanha para distribuidores e oferecer também margens mais saudáveis e competitivas. A intenção é criar sinergia para aumentar a relevância.

Nova arma com novo posicionamento
Roosevelt confessa estar empolgado com o novo posicionamento da empresa como fornecedora de soluções avançadas de segurança com o diferencial da Inteligência Cibernética. Essa nova credencial veio por meio da compra em janeiro do ano passado da iSight Partners, que tornou a FireEye mais avançada e abrangente globalmente em inteligência contra ameaças, reforça Roosevelt.

“Tenho mais esse desafio de passar para os clientes essa nossa nova abordagem, agora focada na inteligência e não apenas em produto. É importante que as organizações entendam a relevância de combinar os vetores de dados na proteção contra ciberameaças”, alerta.

O executivo diz que esse posicionamento vai fazer toda a diferença no mercado, ficando à frente. E desafia: “É como sair de uma arena com 250 correntes para zero competidores”.  Além disso, outra estratégia que irá contribuir para fortalecer a atuação da empresa é que até o final do ano todo o portfólio estará hospedado na nuvem. “Vamos conseguir entregar nossas soluções sem barreiras.”

Mas o que é esse serviço de Inteligência Cibernética? “São relatórios oferecidos sob medida aos clientes, resultados de investigações constantes, por pessoas, e não por robôs, que identificam quais são os atacantes, frequência, alvos, tipos de incidências, quais grupos estão envolvidos, entre outras informações solicitadas para monitoração”, descreve.

No Brasil, são dois profissionais dedicados, mas contam ainda na rede global da companhia com cerca de 400 outros investigadores que podem contribuir com dados valiosos.“Esse serviço pode fazer parte de um pacote ou mesmo ser oferecido de maneira isolada. Iniciamos a oferta apenas no mês passado”, diz.

Ele acrescenta que contam ainda com um grupo de especialistas global, chamados de “agentes infiltrados”. “Eles não são visíveis, ou seja, não têm suas identidades expostas e estão focadas em identificar qualquer tipo de ataques e de ameaças que rondam as empresas”, gaba-se o novo diretor de Vendas da FireEye.

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