Fique atento: fusões e aquisições podem ameaçar a segurança cibernética

Segundo estudo, 53% das empresas encontraram pontos críticos de segurança cibernética que colocaram em risco acordos de fusão ou compra

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9:08 am - 03 de julho de 2019

Fusões e aquisições de empresas não são projetos triviais. Para além dos desafios de integração de equipes e legado a ser revisado, há instâncias que precisam ser revistas minuciosamente. E uma delas diz respeito a segurança cibernética. Segundo pesquisa realizada pela Forescout Technologies, questões relacionadas à cibersegurança têm se tornado preocupação recorrente nestes casos. Afina, os descuidos podem ser extremamente prejudiciais aos negócios.

Para a realização do estudo foram entrevistados mais de 2.700 tomadores de decisões em TI e negócios em sete países. Os resultados mostram que 53% das empresas encontraram pontos críticos de segurança cibernética que colocaram em risco acordos de fusão ou compra. Além disso, 65% dos participantes relataram arrependimento depois de uma aquisição por conta das vulnerabilidades. As informações são da Bloomberg News.

Para Julie Cullivan, diretor de tecnologia e de pessoas na Forescout, os resultados deixam clara a importância da realização de avaliações de segurança cibernética, mesmo que o fechamento do negócio seja atrasado. “A segurança cibernética é um desafio para todas as organizações, e os fatores de risco estão mudando o tempo todo”, explica o especialista.

Não faltam casos que mostram as ameaças que os riscos cibernéticos podem representar para as empresas. A Verizon Communications, por exemplo, comprou os serviços de internet do Yahoo com desconto de 350 milhões de dólares depois que violações de segurança foram descobertas. Já a rede de hóteis Marriott International acabou por sofrer as consequências depois de comprar a Starwood, quando houve risco de segurança generalizado para a companhia.

Recentemente, a Spirit AeroSystems Holdings decidiu comprar a Asco Industries, que foi alvo de um enorme de ataque ransomware. A invasão pausou as atividades da Asco, com seus sites na Bélgica, Canadá, Alemanha e Estados Unidos saindo do ar.

Segundo os especialistas, é fundamental investir em avaliações completas de segurança cibernética para evitar riscos financeiros e de reputação. Joe Cardamone, analista sênior de segurança da informação e diretor de privacidade para a América do Norte da Haworth, esteve envolvido na aquisição de pelo menos seis empresas e alerta para a necessidade de reformulação das políticas de aquisições, incluindo a segurança da informação. “Veja como se você estivesse comprando um carro usado. É preciso olhar embaixo do capô.”

 

 

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