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Fico: Analytics para além do mercado financeiro

“Queremos que as pessoas saibam que atendemos qualquer negócio que lida com consumidores, não somente instituições financeiras” A frase de Will Lansing, CEO global da empresa de software analítico Fico – em entrevista à Computerworld Brasil -, resume o momento que a empresa norte-americana vive.

Com uma base muito forte no mercado financeiro, a companhia busca diversificar negócios em outras verticais. No Brasil, por exemplo, fornece ferramentas de Analytics para todos os grandes bancos e, nos EUA, o Fico Score é utilizado em mais de 90% das decisões de crédito e se tornou padrão de mercado. Ainda, mais de três quartos dos 100 maiores bancos do mundo usam software da Fico para tomada de decisões.

Lansing define a principal habilidade da Fico como “decifrar comportamento de consumidores”. Não somente para bancos, mas também em setores como varejo, telecomunicações etc. “Sempre que tem um consumidor, nossa tecnologia é boa para prever a melhor forma como uma empresa deve interagir com clientes”, afirmou.

O modelo da plataforma Fico se resume em reunir dados de diversas fontes, aplicação de um poderoso Analytics para, então, prover informações para que o cliente tome decisões. “Nosso foco é conseguir atuar em qualquer empresa B2C.”

A empresa está alinhada com um objetivo claro: fazer análises preditivas, prescritivas e acionáveis. Isso significa conectar e automatizar o uso de recursos analíticos diretamente nos negócios para gerar resultados tangíveis. Esses recursos podem funcionar em áreas como: cibersegurança e fraudes; jornada e experiência do cliente; serviços financeiros e de crédito; bem como otimização da produção, supply chain, logística e transportes.

A questão, segundo Lansing, é que a propriedade intelectual da empresa é muito maior do que a força de vendas – ou seja, o foco maior sempre foi no desenvolvimento de tecnologias do que na estratégia de go-to-market. “Não somos tão bem conhecidos como deveríamos”, admitiu.

“Investimos muito em produtos. Sempre pensamos: ‘vamos fazer o melhor produto de todos e depois..devemos contratar pessoas para vender?”, lembrou.

Aliada à estratégia de diversificação de verticais e capacitação da equipe de vendas, a Fico tem apostado no aprimoramento dos produtos visando ter ferramentas cada vez mais fáceis de usar e implementar.

Cyber Score

Parte da estratégia de diversificação de mercados se resume ao lançamento do Enterprise Security Score (ESS), ferramenta que fornece a empresas, gratuitamente, informações sobre o nível de ameaça cibernética que estão expostas. Mais do que avaliar o próprio negócio, é possível checar as vulnerabilidades de concorrentes, por exemplo.

Lansing diz que se trata de um mercado com poucos players a nível mundial, o que abre novas oportunidades para a Fico se consolidar no novo mercado de avaliação de riscos de segurança cibernética. “É o que definimos como consumerização do nosso software”, definiu.

O ESS se baseia em bilhões de indicadores de riscos cibernéticos, que são monitorados na escala da internet. A ferramenta usa machine learning para interpretar as práticas de limpeza da rede de milhares de organizações previamente violadas e formar preditivos que amplificam os comportamentos e sinais que comprovadamente aumentam o risco de perda de dados. Com a solução, empresas podem visualizar seu próprio score de três dígitos, em uma escala de 300 a 850, e usá-lo para entender e controlar seu próprio desempenho. A pontuação também pode ser compartilhada com parceiros de negócios, como um conceito mais fácil de entender para uma troca mais detalhada da postura de segurança.

Brasil

No início deste mês, Lansing esteve pela primeira vez no Brasil, mercado que faz parte do Top 10 para a Fico a nível mundial e é o principal da América Latina.

O executivo destacou o crescimento em número de vendas e de funcionários no País nos últimos dois anos: os dois números dobraram – o resultado financeiro não pode ser divulgado localmente e já são 70 pessoas no País.

“Vemos uma oportunidade gigante para aplicarmos nossa tecnologia no Brasil e ter boas decisões de crédito”, concluiu.

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