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EY: trabalho remoto é mais produtivo, mas desafia empregadores

Os colaboradores das empresas latino-americanas acreditam que houve aumento da produtividade durante a pandemia, mesmo com as profundas mudanças na forma de trabalhar. Os mais experientes são os que mais ganham, diz um estudo da EY divulgado esta semana. No entanto, 46% não acham que os empregadores estão realmente preparados para as transformações comportamentais necessárias.

O estudo buscou identificar expectativas e desafios do pós-pandemia a partir das perspectivas dos funcionários e seus empregadores sobre temas como trabalho em equipe, produtividade, eficiência, tecnologia e desenvolvimento de novas competências. Foram ouvidas 2 mil pessoas na América Latina, considerando Brasil, Argentina, Chile, Colômbia, Equador, Peru e México.

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Os dados mostram que, muito embora as empresas tenham percebido e agido rapidamente para levar os colaboradores para o home office durante a pandemia, ainda é necessário repensar a forma de trabalhar e manter a agenda de negócios. Também que é um desafio calibrar novas demandas desse novo jeito de trabalhar com a agenda corrente de negócios.

“Apesar das dificuldades iniciais, [as empresas] parecem agora convencidas de que o processo de transformação do trabalho será contínuo e veio para ficar. Paradigmas históricos – desde o operacional até o comportamental – estão sendo desafiados e serão temas frequentes das agendas estratégicas dos próximos anos”, diz em comunicado Oliver Kamakura, sócio de consultoria em gestão de pessoas da EY Brasil.

Desafios e receios

Vários desafios precisam ser enfrentados para a produtividade no trabalho remoto ser mantida, diz o estudo. Os dois principais são diferença de qualidade na conexão doméstica (27,2%) e a presença da família combinada com a falta de um espaço privado para a execução do trabalho (22,2%).

Quanto à reavaliação dos custos, na visão dos empregadores ela deve passar, principalmente, por ações de melhoria de processos e redução de trabalhos manuais (18,1%), de automação inteligente (16,5%), de revisão de modelos organizacionais e operacionais (14,9%) e de redução do número de escritórios físicos (12,9%). Por outro lado, os empregados enxergam que tais ações deveriam considerar a criação de alternativas ou flexibilização de horas de trabalho (15,4%), alternativas de remuneração e planos de benefícios (12,3%), revisão de políticas de descanso (11,5%) e melhora da oferta de benefícios de bem-estar emocional e físico (11,1%).

Em relação ao aprendizado contínuo, o estudo mostra que empregados e empregadores demonstram estar alinhados. Se de um lado 83% dos empregadores acreditam que o aprendizado contínuo terá um amplo impacto na agenda de negócios, 72% dos colaboradores acreditam ter acesso a conteúdo relevante e receber treinamentos, embora apenas 35% demonstrem algum preparo para atender às novas demandas dos clientes.

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