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Exposição de credenciais de governo cresce 236% no 2º trimestre de 2021

Durante o segundo trimestre de 2021 – entre abril e junho – foram cerca de 465,5 milhões de registros vazados no Brasil, incluindo dados de empresas privadas e de órgãos governamentais. Apesar de esse número representar uma redução de 87,6% em relação ao registrado no trimestre anterior, houve crescimento no vazamento de credenciais de órgãos de governo: aumento de 236,75% no mesmo período.

Esses dados fazem parte de um relatório sobre vazamento de dados no Brasil elaborado pela Axur, especialista em monitoramento, detecção e retirada de riscos digitais na internet.

Dos 465,5 milhões de registros vazados, o número de CPFs expostos foi o mais relevante, representando 82,9% do total, crescimento de 89% em relação ao trimestre anterior. Chama atenção também o crescimento de 1.392,5% na exposição de passaportes: enquanto no primeiro trimestre foram 21 mil passaportes vazados, no segundo foram quase 317 mil.

O número total de credenciais (e-mails e senhas) expostas – tanto de empresas privadas quanto do governo – também registrou expansão: entre 181,5 milhões de casos, aumento de 220% em relação ao primeiro trimestre. A maior fatia se deve ao vazamento das credenciais do governo, que saltou de 47.654 entre janeiro e março para 160.478 entre abril e junho. Entre as empresas brasileiras, o crescimento foi de 176,88%.

“Esse aumento de exposições não necessariamente quer dizer que os sistemas internos dessas empresas, bem como dos órgãos governamentais, tenham sido comprometidos. Há vários motivos para uma credencial ser vazada”, diz Fabio Ramos, CEO da Axur. “Um ponto de atenção para a população é o uso do e-mail de trabalho para cadastros em sites com interesses pessoais”, exemplifica.

Senhas e cartões

O estudo também mostra que, mesmo com o aumento de 20,4% na preferência pela utilização de senhas com caracteres especiais, que tendem a dificultar a vida dos cibercriminosos, a sequência numérica “123456” continua sendo a senha mais utilizada pela população em geral. Neste trimestre, 845.399 pessoas optaram por utilizá-la.

Já quando o assunto é cartões, no segundo trimestre deste ano, a Axur identificou 267.921 vazamentos na web superficial e na deep e dark web. Esse número representa queda de 36,2% na detecção mundial de cartões de crédito e débito, ou seja, 152.156 cartões a menos do que no trimestre anterior.

O Brasil, apesar de também apresentar uma queda de 8,1% na incidência de cartões expostos entre o primeiro e segundo trimestres de 2021, mantém a posição de campeão de vazamentos de cartões de crédito e débito, com 137.483 cartões identificados. Isso representa 44,3% a mais do que o segundo colocado, os EUA, com 60.939 cartões expostos.

O relatório completo pode ser baixado (mediante cadastro) nesse link.

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