Executiva reescreve história de grupo e transforma cultura organizacional

CMO da Logicalis, Renata Randi, unificou a narrativa de uma companhia global, presente em 26 países, em um trabalho que começou de fora para dentro

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8:08 pm - 18 de março de 2020
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A vencedora do prêmio Executivo de TI do Ano 2020, da IT Mídia, na categoria  Indústria –  Serviços – CMO começou a carreira no início da década de 1990, como estagiária Grupo Promonem Campinas, quando ainda era estudante de engenharia elétrica. Como estagiária, Renata de Oliveira Pereira Randi, exerceu uma função técnica na área de telefônicas, porém, com uma política de mobilidade interna na empresa, logo se envolveu com o setor de vendas e marketing. Habilidade que foi sendo desenvolvida ao longo da carreira e a levou ao cargo atual 

Deparada com o desafio da nova área de atuação, sentiu a necessidade de complementar seus conhecimentos. Foi quando fez um MBA na Universidade de Michigan, ministrada no Brasil. “Foi um divisor de águas na minha carreira”, afirma. Ela conta que assim que concluiu o curso, teve a oportunidade de compor uma diretoria de marketing do Grupo Promon. “A empresa deu a oportunidade de que eu precisava para colocar em prática meu conhecimento”, conta. 

Renata lembra do desafio de fazer o primeiro planejamento estratégico de marketing, algo que não havia sido realizado até entãoenquanto ainda se adaptava com a linguagem do setor. “Saí de gerente de vendas de uma empresa do grupo, para responder direto ao CEO do Grupo Promon”, recorda.  

ascensão da diretora continuou com fusão do Grupo, que a proporcionou novas mudanças, chegando à diretoria global de marketing da corporação em 2018. No cargo, pode ultrapassar as barreiras do próprio desejo de aprendizado e desenvolveu o projeto “Arquitetura da Mudança”.  

Renata desejava que todos os envolvidos com a marca se identificassem com ela, então propôs dar voz aos stakeholders da empresa, presente em 26 países, para então, a partir do feedback dos envolvidos com a companhia, fosse possível reconstruir o posicionamento da marca.  

“Meu desafio era trazer consistência de abordagem para todas as áreas de nossos negócios e receber um conjunto unificado de mensagens sobre quem somos no mundo. Isso não foi fácil, porque cada região tentava criar sua história a partir de uma perspectiva de marketing, e não necessariamente alinhada à plataforma de marca existente. Em um mundo conectado, as empresas não podem operar assim. Estava na hora de criar uma história de marca comum para a Logicalis”, diz. 

A trajetória que a levou ao cargo de Chief Marketin and Allience Officer (CMaOpermitiu que ela enxergasse a cultura da empresa de diferentes perspectivas. A preocupação da executiva ao se debruçar sobre a ideia era de uma falta de identidade e pertencimento que unificasse o valor da marca e daqueles que a constroem. “Quando olho para trás, criamos uma proposta de valor muito ‘intelectual’. As pessoas não podiam se identificar”, diz.  

Arquitetura da Mudança 

“Em 2018, lançamos um posicionamento de marca – Arquitetos da Mudança – e foi notável ver o quanto nossos clientes e funcionários ressoaram com esse novo posicionamento. Então, no ano passado, decidi investir em uma nova história da marca para a Logicalis, focada e desenvolvida nos Arquitetos da Mudança”, relata. 

O projeto Arquitetos da Mudança, construído com a colaboração de uma agência de branding, partiu de três etapas: (1) investigação (entrevistas com funcionários, clientes e parceiros), (2) articulação (refinamento do núcleo da marca e desenvolvimento de histórias e (3) nova plataforma de marca (objetivo, proposição, comportamentos e personalidade). 

Pude ter uma única agência de mídia social criando postagens e conteúdo de mídia e coletando análises de dados relacionadas ao lançamento da marca. A mesma lógica se aplica à atualização de sites, atividades de relações públicas, fotos e vídeos, etc. Há ganhos de otimização e produtividade, não apenas no nível global, mas também no nível do país”, explica. 

Renata afirma que o sucesso do projeto se deve, sobretudo, ao envolvimento das pessoas que constroem a marca. “Não era só sobre o que a gente acha, mas como estamos sendo vistos”, diz. “Gosto da ideia de pessoas que possuem esse espaço e se sentem como parte da organização, independentemente do seu papel”, complementa. 

Finalistas do prêmio Executivo de TI do Ano 2020, na categoria Serviços

Renata de Oliveira Pereira Randi, Logicalis

2º Luis Dosso, Dextra

3º Fernando Jorge Bittar, Tivit

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