Criada oficialmente em fevereiro deste ano, a Associação Brasileira de Internet das Coisas (Abinc) quer incentivar no Brasil a troca de informações técnicas e gerenciais sobre internet das coisas (IoT, na sigla em inglês), fomentando a discussão sobre a criação de regulamentação específica para o tema.
Todo o grupo diretivo da entidade é formada por oito ex-executivos da indústria, que têm amplo conhecimento do mercado. Entre eles está Herlon Oliveira, vice-presidente da Abinc, que acumula 21 anos de experiência no mercado de telecomunicações e tecnologia no Brasil, e Paulo Spaccaquerche, diretor de relacionamentos da Abinc com mais de 25 anos de experiência com passagens por grandes empresas como IBM e SAP. A presidência fica à cargo de Flavio Maeda, engenheiro Mecatrônico e atua profissionalmente há 19 anos na área de TI industrial. A Abinc conta, hoje, com um escritório em São Paulo, mas a ideia para 2017 é manter presença em, pelo menos, 11 estados.
“Olhamos o mercado e buscamos criar uma organização sem fins lucrativos para apoiar a evolução de IoT em solo nacional, com perfil agnóstico”, conta Oliveira. Segundo ele, a associação chega em um momento crítico para o País. “Essa é a primeira vez que vejo conectividade e analytics atuando juntos para garantir competitividade nacional”, completa.
Sua visão é a de que IoT vai impactar sobremaneira a vida das pessoas em diferentes esferas, sendo ainda mais diruptiva do que a internet foi, e o Brasil prepara-se para a chegada dessa onda. Concorda com ele Spaccaquerche, completando que a Abinc está de olho no tema no longo prazo e não somente porque trata-se de um buzz de mercado. “Estamos criando grupos de trabalho com início em 2017 para endereçar as diferentes necessidades de IoT”, explicou, acrescentando que a entidade quer integrar aos times de discussão engenheiros e até mesmo pessoas da sociedade.
Atualmente, a entidade conta com cerca de 200 associados e forte alinhamento com o Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC). A Abinc, inclusive, apresentou à pasta estudo preliminar sobre a padronização da frequência para Low Power Wide Area Network (LPWAN), da Portaria de 454 de 2006 da Anatel e aguarda a definição de padrões.
Segundo Oliveira, a padronização da frequência é um dos problemas que a entidade está atacando. Ele explica que as recomendações da entidade incluem uma alternativa configurada por software para as faixas entre 907 MHz e 915 MHz. Atualmente, diz, o espectro recomendado para IoT é entre 902 MHz e 928 MHz. Contudo, as faixas entre 907 MHz e 915 MHz são usadas hoje por uma companhia de telecomunicação.
Outro ponto de discussão apontado pelo vice-presidente da Abinc é com relação à privacidade. Afinal, de um lado a indústria vai querer ter acesso a todos os dados do usuário para melhor conhecê-lo e oferecer produtos e serviços mais assertivos. Por outro, contudo, o usuário vai desejar manter intacto o mínimo de privacidade sobre sua vida. “Queremos encontrar um ponto de equilíbrio, protegendo o elo mais fraco da cadeia, que é o usuário”, comenta.
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