Investir em cibersegurança é essencial para impulsionar dos negócios das empresas brasileiras. É o que pensam mais da que mais da metade (56%) das empresas participantes do estudo “Estratégias para um futuro cibernético”, conduzido pela consultoria Deloitte. Se houvesse um aumento da percepção da segurança cibernética, a pesquisa mostra que as companhias aumentariam os investimentos em customer marketing (62%), automação dos processos operacionais (59%) e trabalho remoto (58%).
Feito com 122 empresas que atuam no país em diversos segmentos, o levantamento aponta 41% das empresas relatam terem sido alvos de ataques cibernéticos, sendo que a maioria (89%) realizou investimentos na área. As respostas foram coletadas entre fevereiro e março de 2021.
“O estudo da Deloitte deixa nítido que, ainda que não tenham profundo conhecimento sobre o potencial de ‘cyber’, há um entendimento de grande parte das empresas de que, em um ambiente de maior segurança cibernética, há oportunidades de transformar e impulsionar a estratégia do negócio por meio da adoção de novas tecnologias”, comentou André Gargaro, líder de cyber services da Deloitte.
Após os ataques, a grande maioria realizou mudanças na área. As principais ações de mitigação adotadas foram atualização da infraestrutura de TI (58%), criação de programa de conscientização (49%), maiores investimentos em segurança cibernética (47%), maior monitoramento dos incidentes (47%) e revisões de configurações de ambientes em cloud (33%).
O mapeamento também destaca que a receita decorrente dos investimentos em segurança cibernética pode aumentar, em média, 7,5% devido à ampliação de canais de venda e 6% a partir das estratégias de customer marketing e do ecossistema de P&D.
Além disso, os gastos com segurança cibernética também são decisivos para impulsionar estratégias que envolvem indicadores em tempo real (58%), paperless (57%), cloud pública/híbrida (56%), expansão de canais digitais de comunicação e relacionamento (54%), expansão de canais digitais de venda (52%), monitoramento e prevenção de riscos (49%), ecossistema de pesquisa e desenvolvimento (43%) e gestão integrada da cadeia de suprimentos (41%).
Quanto à Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), que entrou em vigor no ano passado, a governança e a administração de acessos pelos profissionais aos dados pessoais e sensíveis relacionados ao negócio são as práticas mais adotada pelas organizações. Contudo, iniciativas importantes como capacitação de pessoas, gestão de riscos e de governança da segurança da informação, gestão de vulnerabilidades e monitoramento de redes são aplicadas somente por menos da metade.
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