Quase metade (47%) das instituições médicas da América Latina utilizam aplicativos para oferecer melhor suporte a tratamentos, promover soluções de autoatendimento, otimizar o uso de recursos e evitar visitas sem necessidade a consultórios médicos e hospitais. O dado faz parte de um estudo divulgado essa semana pela NTT Data, realizado em parceria com a MIT Technology Review.
O estudo – que pode ser baixado aqui – aponta que 43% das instituições pesquisadas na América Latina oferecem algum tipo de serviço de cuidado virtual. Entre os mais consolidados está a telemedicina e a prescrição eletrônica, que se destacam como os produtos mais relevantes para 62% e 52% das empresas, respectivamente.
O monitoramento remoto de pacientes é adotado em 30%, e o uso de assistentes virtuais de saúde por 28%.
As startups são pioneiras na implementação de serviços de virtual care: 53% das empresas adotaram esse tipo de assistência médica. Já as organizações públicas e grandes corporações enfrentam desafios burocráticos e de regulação. Por isso menos da metade (44%) das organizações públicas e 20% das grandes corporações possuem serviços de virtual care.
México, Brasil e Estados Unidos se destacam como líderes na implementação da telemedicina, indica o estudo. Avançada infraestrutura tecnológica, foco na praticidade e segurança para o paciente são as razões.
O Brasil enfrenta um desafio particular em termos de interoperabilidade (capacidade das aplicações e sistemas de trocar dados de maneira segura e automática), com um alto percentual de organizações que carecem de sistemas de informação interoperáveis.
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Fatores como questões legais, falta de investimento e questões de cultura interna contribuem para essa lacuna. No entanto, diz a NTT Data, uma porcentagem significativa de organizações brasileiras opta por desenvolver serviços de atendimento virtual através de terceiros para garantir a continuidade do atendimento médico não presencial.
Segundo o estudo, 38% das organizações brasileiras desenvolvem serviços de virtual care empresas terceiras, 24% são de desenvolvimento interno, 10% oferecem serviços de outra empresa como parte de um convênio. Essa cifra pode ser atribuída a várias razões, como a complexidade e os custos de implementação, a falta de conhecimento sobre os benefícios da análise de dados ou a resistência à mudança por parte das empresas.
O estudo foi feito com base em questionários respondidos por 62 líderes do setor de saúde da Alemanha, Argentina, Bélgica, Brasil, Chile, Colômbia, Espanha, Estados Unidos, Itália, México, Peru e Portugal. Outros 13 líderes foram entrevistados para a coleta de dados qualitativos.
O relatório indica três eixos de tendências de uso de tecnologia por instituições médicas: habilitadores tecnológicos que permitem a transformação digital; tecnologias centradas no paciente que revolucionam o vínculo entre as pessoas e a saúde; e a evolução do atendimento médico virtual. A conclusão é que os dados disponíveis para o sistema de saúde têm um enorme valor.
“O estudo mostrou o avanço do impacto positivo das tecnologias digitais para a melhoria dos serviços de saúde”, diz Katia Galvane, diretora-executiva para Saúde e Seguros da NTT DATA Brasil. “Essas tecnologias possibilitam às instituições de saúde oferecerem atendimento de forma ágil e muito mais ampla, permitindo a universalização do atendimento.”
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