Especialista ensina a precificar apps

Um projeto de desenvolvimento de aplicativo mobile pode ser simples algumas vezes, mas nunca é fácil. A afirmação é de Raul Amoretti, sócio-diretor da Aioria Software House, empresa especializada no especializada no desenvolvimento de aplicativos mobile (iOS, Android, Windows Phone) e websites.

Segundo ele, existe uma complexidade na criação dos apps, formada por algumas variáveis como escopo (quantas e quais funcionalidades o app terá, por exemplo), plataformas (para quais sistemas operacionais será disponibilizado), versões/formato (híbrido ou nativo), equipe (número de profissionais e de horas necessários para execução do app, bem como a forma de contratação dos envolvidos), entre outras.

“A experiência de anos trabalhando nesta área me mostrou que, para a pergunta crucial “quanto custa um app”, a melhor resposta é: o mínimo possível”, afirma o especialista. “O que, nem de longe, significa que estamos necessariamente falando de algo barato. Estamos, sim, nos referindo ao conceito de MVP (Menor Produto Viável), que visa a executar o menor produto que, de fato, valide e teste o produto e a ideia”, acrescenta.

O executivo explica que o MVP permite ajustar um projeto às funcionalidades essenciais para apresentar ao mercado algo atrativo e útil – em outras palavras, algo que os usuários queiram adquirir. Isso evita o desperdício de tempo e dinheiro, já que restringe o investimento àquilo que realmente, comprovadamente, funcionou.

“O produto tem que conter aquela “ideia genial”, entretanto, não pode ser construído com uma abordagem faraônica, que levaria meses para ficar pronta e, no fim, geraria recursos excessivos, capazes de fugirem à compreensão do público-alvo”, detalha Amoretti. “O MVP não só ajuda a validar o a ideia e o projeto, como também evita o maior pesadelo de qualquer investidor: má aplicação dos recursos”, completa.

Para explicar melhor, o diretor define o que é um aplicativo: normalmente, trata-se de uma aplicação mobile para smartphones composta por: versão para diferentes sistemas operacionais, sistema de backend e banco de dados, e painel administrativo web.

Assim, para desenvolver um bom aplicativo são necessários, no mínimo, um programador para cada sistema operacional contemplado, um gerente de projetos, um designer, um desenvolvedor web, um desenvolvedor backend.
Amoretti define esta multidisciplinaridade do time como um dos principais fatores da precificação de um app.

“Imagine que a mão de obra de programação é, sabidamente, uma das mais caras que existem. Além disso, se você resolver contratar os profissionais individualmente (os famosos freelancers), caberá a você (o cliente) ser o gerente de projetos – e, acredite, a falta de experiência nisso pode ser o maior vazamento de recursos de um projeto”, avalia o diretor.

Tendo isso em vista, o especialista recomenda a contratação de empresas que disponham de todos os profissionais necessários para desenvolver o aplicativo, e destaca que, levando todos em conta todos os fatores abordados, é, sim, possível chegar a um cálculo do custo do aplicativo.

“Em média, podemos falar em MVP a partir de R$ 40 a R$ 60 mil, mas é claro que tais valores podem variar para cima ou para baixo a depender do projeto específico”, salienta Amoretti. “No mais, é acompanhar e manter atualizado e atrativo. Analisar periodicamente a experiência de uso do app, as novas demandas do usuário, inovações que podem ser feitas – ou não, muitas vezes é melhor manter o que está funcionando do que pecar pela firula só para mostrar atualização”, afirma.

Desta forma, o diretor garante que será possível medir não somente o custo do app, mas também, e principalmente, seu retorno – tanto para o fornecedor quanto para o usuário.

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