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Era digital exige mentes criativas e habilidades que ainda desconhecemos

O mercado de trabalho passará por mudanças profundas nas próximas décadas. Milhões de empregos serão dizimados e outras milhões de funções serão criadas pela revolução tecnológica. Essas tendências apontam que a economia do futuro exigirá novas habilidades dos profissionais.

Nesse cenário em construção, as organizações precisam reinventar estratégias de desenvolvimento do seu capital intelectual. Talvez por isso estamos ouvindo falar tanto nos termos reskilling, upskilling e habilidades híbridas.

Na tradução para o português, reskilling significa treinar e requalificar as pessoas para que aprendam habilidades que até se antecipem às novas demandas, para fazer trabalhos diferentes, principalmente, os que estão surgindo com a revolução tecnológica.

A terminologia upskilling também se refere ao processo de qualificação, mas concentra-se no aprimoramento das habilidades que os profissionais já possuem. Sua promessa é atualizar os talentos para que continuem fazendo o trabalho que realizam hoje, porém de forma mais ágil e com mais produtividade.

A digitalização, automação e tecnologias como a inteligência artificial (IA) estão alterando o jeito como as pessoas trabalham. Um dos exemplos são os times squads, que reúnem profissionais multidisciplinares para que os projetos de inovação digital sejam implementados mais rapidamente. Mais que conhecimento técnico e de negócios, os integrantes precisam ter habilidades sociais bem desenvolvidas para atuação em um ambiente colaborativo.

Recente estudo global do Gartner mostra que a digitalização é uma grande prioridade para 87% das companhias. Mas somente 21% têm talentos preparados para atender à ambição dos negócios digitais. A consultoria aponta que a maioria das instituições de ensino não está formando mão de obra capacitada para a era digital.

Assim, como as tecnologias estão evoluindo com muita rapidez, caberá às organizações tentarem reduzir essa lacuna, treinando, treinando e treinando seus funcionários para a nova realidade do mercado de trabalho.

A qualificação dos talentos é um dos fatores para ganhos de vantagem competitiva na era digital, acredita Matthew Sigelman, CEO da Burning Glass Technologies, consultoria que monitora as habilidades da força de trabalho. Segundo ele, o emprego do amanhã pede mentes brilhantes, e criativas com competências híbridas. Ou seja, com conhecimento de diferentes áreas, como por exemplo, domínio em tecnologia e em marketing.

O profissional híbrido é mais que um especialista, com capacidade para aliar conhecimento técnico ao analítico e criativo, por exemplo. Formar talentos para a era digital é um desafio para instituições de ensino, companhias e trabalhadores.

Entender quais habilidades profissionais serão necessárias para mais competitividade hoje e no futuro é o primeiro passo para promover a revolução tecnológica na sua empresa. Motive sua força de trabalho e mostre os benefícios dos treinamentos. Estimule as pessoas a se envolverem com o desenvolvimento da carreira, mostrando as possibilidades de crescimento em mercado de trabalho com mudanças constantes.

*Fabrício Vaz é CEO da go2Win

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