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Empresas de consumo lideram transformação digital. Setor público fica na lanterna

As empresas de consumo são as que mais cumprem suas metas de transformação digital. A taxa de sucesso apresentada por elas é de 40%, segundo estudo recente do Boston Consulting Group (BCG) com 895 empresas do mundo todo, incluindo 91 brasileiras. A pesquisa mostra que somente três em cada dez casos de transformações digitais atenderam ou excederam os resultados desejados e resultaram em mudanças sustentáveis.

Logo atrás, aparecem no ranking as empresas industriais, com 33% batendo as metas estabelecidas, seguidas pelas companhias de tecnologia e telecomunicações (30% de sucesso), serviços financeiros (28%), saúde (25%), seguros (24%), energia (21%) e, por último, o setor público (18%).

O bom desempenho do segmento de consumo, de acordo com o BCG,  é a pressão constante dos consumidores por novas experiências digitais e tecnologias, que foram impulsionadas com a pandemia. Há também uma correlação entre setores mais maduros digitalmente e o sucesso das transformações.

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“Enquanto algumas das grandes empresas de consumo são nativas digitais, outras já iniciaram sua jornada de transformação há algum tempo. E aquelas que não fazem parte de nenhum desses grupos se viram forçadas a se transformarem durante a pandemia, período no qual o digital passou a ser questão de vida ou morte”, analisou Otávio Dantas, diretor-executivo e sócio do BCG.

Segundo ele, o setor público aparece no extremo oposto, porque “tipicamente tem menos estímulos para se transformar, se vê sujeito a amarras de governanças muitas vezes incompatíveis com práticas digitais, como as metodologias ágeis, e é mais dependente de sistemas legados, que deixam complexa uma transformação digital acelerada”.

Levantamentos anteriores do BCG mostram que as empresas líderes digitais alcançam um crescimento de receita 1,8 vezes maior do que os retardatários digitais e tendem a mais que dobrar o crescimento no valor total da empresa. Da mesma forma, a transformação digital mal sucedida custa caro e pode, por exemplo, comprometer a experiência dos clientes, levar a oportunidades perdidas de crescimento e produtividade, perda de tempo precioso quando os concorrentes avançam com suas agendas digitais e graves consequências para a liderança.

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