Sensores para indicar a qualidade do ar, o nível de temperatura dos funcionários e o volume de ocupação são algumas das soluções que líderes consideram adotar nos escritórios para o retorno da força de trabalho. Uma nova pesquisa mostra que 71% das organizações entrevistadas consideram a adoção de novas tecnologias importante para a adaptação dos escritórios após a pandemia de Covid-19. Deste grupo, 33% encaram as soluções tecnológicas prioridade neste momento.
Segundo o levantamento da JLL Technologies, realizado com 134 organizações de 22 segmentos entre os meses de maio e junho de 2020, 85% dos respondentes estão repensando seus espaços para se adaptarem ao “novo normal”.
A adoção de sensores para indicar em tempo real a qualidade do ar, o nível de temperatura dos funcionários e o volume de ocupação são opções para manter o espaço de trabalho dentro das normas de distanciamento social exigidas para a convivência entre colaboradores, segundo Marcelo Mendes, Head de Produtos e Inovação da JLL Technologies.
No entanto, para 43% dos respondentes, a maior prioridade no momento é reduzir custos operacionais, e não investir nos espaços existentes. Para Mendes, isso não representa uma contradição. “A tecnologia não pode ser vista como custo, mas sim como um investimento com retorno garantido”, avalia o executivo.
Outra vantagem da implantação de soluções tecnológicas é a geração de dados capazes de embasar tomadas de decisão sobre os espaços corporativos, como planos de expansão ou redução. “Além de cumprir as exigências das novas normas sanitárias, a tecnologia permite que as empresas aprendam mais sobre o comportamento dos funcionários e consigam gerenciar seus portfólios com precisão”, explica Mendes.
Embora 85% das empresas pretendam reavaliar os atuais espaços de trabalho, somente pouco mais da metade (54%) aproveita a tecnologia e os dados para sustentar as análises. Mendes reforça que os dados analíticos gerados por meio da tecnologia garantem um melhor uso do ambiente e ajudam as corporações a tomarem decisões mais certeiras em relação à adaptação de seus espaços em momentos de cortes, por exemplo, e por isso não devem ser deixados de lado pelas empresas.
Enquanto a maioria dos respondentes pretende adaptar os locais de trabalho para a fase de retorno, somente 14% declararam que pretendem reduzir os espaços atuais por conta da adesão ao trabalho remoto. Impulsionadas pela pandemia, entre março e abril, as empresas tiveram que passar pela primeira adaptação no modelo de trabalho. Embora tenha sido um grande desafio para muitas empresas migrar a força de trabalho para os escritórios remotos, 47% dos entrevistados declararam ter sido total e de fácil adaptação.
Entretanto, mais da metade (52%) afirmaram que sua empresa não possui uma política de trabalho remoto estruturada, em que são oferecidos recursos e subsídio financeiro para organizar um ambiente apropriado a essa modalidade de trabalho.
Para Roberta Hodara, especialista em Workplace da JLL, o trabalho remoto veio para ficar e se tornou algo a ser incorporado no pacote de benefícios dos funcionários. “Com o retorno aos escritórios, as empresas precisão pensar em suas políticas de home office e nas estruturas que terão que oferecer, porque os colaboradores gostaram da experiência e perceberam que parte do trabalho pode ser feito de casa”, explica.
Essa nova dinâmica gera também um desafio para os gestores. “Os líderes precisam repensar a forma de se conectar com os funcionários para construir relações de confiança e conseguir gerar maior produtividade”, ressalta a especialista.
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