As empresas brasileiras ainda falham em atingir seus objetivos de transformação digital, aponta a segunda edição de um estudo do Boston Consulting Group (BCG) divulgado essa semana. Poucas (23%) atingiram (ou excederam) todos os objetivos de suas transformações digitais em 2021. O número ficou abaixo da taxa de sucesso global de 35%.
Ao todo, o BCG avaliou 860 transformações digitais de empresas de diversos setores no mundo todo, 39 delas no Brasil, a partir de entrevistas com executivos de alta liderança. Maior parte das empresas brasileiras analisadas (70%) tem faturamento anual maior do que US$ 1 bilhão.
Falhar nos objetivos de transformação digital também pode ser um tiro no pé das receitas e lucros das empresas. “Identificamos uma correlação entre retorno financeiro e o sucesso da transformação digital”, destaca Otávio Dantas, diretor-executivo e sócio do BCG e líder da prática de Technology Advantage no Brasil. “No Brasil, as empresas que atingiram todos os objetivos das transformações conseguiram, em média, o dobro do retorno financeiro na comparação com as outras”, indica Dantas.
A pesquisa reforçou a constatação de que a COVID-19 foi a principal motivadora das transformações digitais no Brasil, segundo 31% dos respondentes. Outros motivadores foram a necessidade de mais receita (23%), mudanças no comportamento do consumidor ou de tendências do setor (18%), pressão para inovar motivada pela inovação de outras empresas (18%) e, por último, a necessidade de cortar gastos (10%).
A maior parte dos respondentes brasileiros (84%) afirmou que o foco estratégico das transformações digitais é voltado para a mudança das jornadas dos clientes, seguida por inovar o modelo de negócio da empresa (82%), aumentar as vendas e participação de mercado (76%) e desenvolver ecossistemas e parcerias digitais (74%).
Por último, ficaram a digitalização das funções de suporte (45%), das operações e a manufatura (45%) e as melhorias na cadeia de suprimentos (34%).
As iniciativas ESG (ambientais, sociais e de governança) começam a despontar como motores dos processos de transformação digital. Cerca de 41% das empresas brasileiras acreditam que elas são um elemento crítico nesses processos e 90% já tem iniciativas de sustentabilidade em andamento.
Entretanto, apenas 8% das brasileiras sinalizaram que ESG é um foco prioritário de suas transformações digitais, abaixo da média global de 24%.
“Já vemos as empresas pensando em ESG em suas transformações digitais — boa parte acredita que é importante e a grande maioria já tem iniciativas do tipo em andamento. Apesar disso, notamos que são poucas as transformações que tratam o tema como prioridade, especialmente no Brasil”, avalia Dantas.
Para permitir que as equipes realizem a transformação digital, a maioria das empresas brasileiras acredita que o trabalho remoto e novas formas de trabalhar são as mais efetivas (85%).
Já no lado da tecnologia, a infraestrutura de TI foi a mais recomendada, citada por 74%, enquanto só 38% acreditam que a inteligência artificial poderia ajudar no processo.
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