Empreendedoras criam primeira escola de liderança feminina no País

Com a missão de empoderar mulheres na sociedade e no trabalho, Carine Roos e Amanda Gomes fundaram a ELAS

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11:02 am - 07 de janeiro de 2019

Mesmo em maior número nas universidades, mulheres recebem salários 23,51% menores que os homens, exercendo as mesmas funções. Nos cargos de gerência, apenas 39,1% são ocupados por profissionais do gênero feminino, de acordo com a última pesquisa realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A preocupação com essa realidade despertou o interesse das empreendedoras Carine Roos e Amanda Gomes, que, juntas, criaram a primeira escola de liderança feminina do Brasil, a ELAS.

Com pouco mais de um ano, a escola oferece mentorias, workshops, palestras e cursos e, até o final de 2018, terão impactado 2.500 mulheres e certificado mais de 180 alunas. O objetivo das iniciativas é tornar as participantes mais seguras, confiantes, autossuficientes e empoderadas. Com uma metodologia própria, experiência em equidade de gênero e desenvolvimento comportamental, Carine e Amanda formam mulheres que desejam assumir posições de destaque no mundo corporativo e na sociedade.

“Nós sempre vimos muitas iniciativas de apoio, mas poucas ações práticas capazes de transformar esse cenário”, diz Carine.

No Programa ELAS, que possui 54 horas de duração distribuídas em três módulos, as mulheres trabalham o autoconhecimento, forças e fraquezas e técnicas de negociação e de influência, alinhados aos Sete Princípios do Empoderamento das Mulheres nas Empresas, defendidos pela ONU.

Neste período, as cofundadoras diagnosticam as participantes em três dimensões que podem ser analisados no término do Programa, mapeando o desenvolvimento e a evolução de cada uma dentro de determinadas competências. “Nós identificamos que nossas alunas finalizam o curso mais ambiciosas para conquistar espaços no mercado de trabalho e cientes de seus valores como pessoa e mulher”, explica Amanda.

Em uma turma de cem mulheres certificadas, a ELAS constatou que 30% delas receberam aumento salarial ou foram promovidas após participarem do curso. Entre outras conquistas e avanços, as alunas destacam melhora na produtividade, no foco, na comunicação e no desenvolvimento pessoal, fatores imprescindíveis em ambientes profissionais cada vez mais competitivos.

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