Ecossistema de parceiros digitais: como a estratégia habilita novos modelos de negócios

Portocred, Catho, Via Varejo, Netshoes e Tribanco estão entre companhias que investiram nesta estratégia e já colhem os frutos da transformação

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8:28 am - 16 de abril de 2018

A Portocred, empresa de soluções de crédito, investimento e financiamento, encontrou nas APIs uma forma de viabilizar a transformação digital, a partir da adoção da solução que apoia a criação do seu ecossistema de parceiros. O projeto entregue pela Sensedia no segundo semestre de 2017, permitiu à financeira ganhar capilaridade, ampliar sua presença nacional e, consequentemente, o acesso ao crédito, de forma digital.

“Agora nosso produto chega a lugares antes inimagináveis, e o ecossistema garante liberdade ao parceiro para controlar sua operação; além de garantir velocidade no tempo de integração: levávamos quatro meses para fazer uma integração, e hoje conseguimos integrar quatro parceiros por mês”, explica Vítor Trípodi, Superintendente Comercial e de Produto, da Portocred.

Aumento da capilaridade e fortalecimento de vínculo

O ecossistema de parceiros é a base para a transformação digital efetiva, e empresas de diversos segmentos impulsionam novos modelos de negócios e aumentam suas propostas de valor, por meio dessa estratégia.

Um dos melhores exemplos de modelos de negócios baseados em ecossistemas digitais são os marketplaces, como a ViaVarejo (Extra, PontoFrio e CasasBahia) e Netshoes. Neste caso, as APIs funcionam como um facilitador, agregando novos lojistas ao cenário, aumentando a oferta de produtos através de parceiros, o que ajuda a empresa a desenvolver novos consumidores, e aumentar o ticket médio e o portfólio de produtos, sem aumentar os Centros de Distribuição e estoques.

Outro aspecto bastante procurado em estratégias como essas é o efeito de “Lock-in”, em que os parceiros buscam APIs de serviços externos para agregar novas funcionalidades aos seus serviços, o que faz com que o vínculo entre as duas empresas seja fortalecido. É o caso do projeto desenvolvido pela Sensedia para a Catho. “Antes, a captação de novas vagas era feita majoritariamente pelo telefone. Agora pudemos acelerar o engajamento de parceiros digitais, que consomem nossas APIs para disseminação dessas oportunidades de emprego”, explica Eduardo Thuler, CEO da Catho.

Hoje, mais de 200 mil buscas por vagas passam pela API exposta na Plataforma. E a introdução da plataforma ajudou, ainda, a oferecer um serviço qualificado de consultoria de carreira para os assinantes.
Outro ganho importante é na escalabilidade das parcerias: modelos tradicionais de integrações ponto a ponto possuem uma grande dependência da TI de ambas empresas para operacionalizar essa integração, enquanto as integrações com APIs, por serem padronizadas e num modelo self-service de consumo, entregam escalabilidade e segurança.

Open banking

Outra instituição financeira que adotou a integração como forma de criação de novos modelos de negócios e novas experiências digitais é o Tribanco. O banco focado no setor atacadista adotou uma arquitetura de APIs e desenvolveu um novo canal de URA (Unidade de Resposta Audível), e além de abrir caminho para, futuramente, agregar parceiros, como as fintechs. “As fintechs complementam nossos negócios. É uma forma de termos maior usabilidade e solucionarmos problemas de forma criativa. Por trás há um banco com uma série de soluções e produtos estruturados”, afirma Luiz Henrique das Neves, diretor de TI do Tribanco.

Segundo Neves, o investimento em APIs permitirá a criação de um ecossistema digital a partir do desenvolvimento de novas experiências de uso do Core Banking por meio de Fintechs, entregando novas experiências ao usuário final.

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