Economia digital é oportunidade para PMEs

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12:59 pm - 28 de março de 2016
Economia digital é oportunidade para PMEs
Novas ideias são combustível para negócios surgirem e tradicionais crescerem e se adaptarem à realidade atual. Essa também é uma das bases para a economia digital, cenário pelo qual grandes empresas têm de se adequar para serem bem-sucedidas. Mas e as pequenas e médias, onde se encaixam nesse ecossistema?
As PMEs, em especial, podem tirar ainda mais proveito das novas tecnologias – ainda mais se considerado o cenário de retração econômica que, mais do que nunca, requer priorização nos investimentos. Frente à alta do dólar, muitas empresas buscam na internacionalização uma solução para expandir os negócios e lucrar, já outras tantas preferem continuar investindo no que têm de melhor e utilizar uma plataforma universal para ampliar oportunidades: a internet.
Criativas por natureza, pequenas e médias empresas usam a rede mundial de computadores e novas ferramentas que impulsionam negócios digitais para se conectar com clientes e implementar negócios. Conversamos com algumas das companhias que estão aproveitando o momento atual durante reunião promovida pelo Google – um dos incentivadores desses novos empreendimentos. Confira:
Esse e-commerce foi estrategicamente posicionado logo na entrada do evento. Isso porque, seu espaço contava com a presença ilustre de Gael, filhote de buldogue francês que atraiu muitas das atenções na ocasião. Depois de conhecê-lo pude saber um pouco sobre a startup (e entender o que o mascote estava fazendo ali). A zee.dog é uma marca de acessórios para cachorros e gatos fundada em 2012 com o propósito de conectar cachorros e pessoas.
A companhia possui atuação no mundo físico, com nove quiosques espalhados pelo Brasil e uma loja em Nova York (com planos de abertura de uma nova unidade em Los Angeles). Mas é na internet que a magia acontece. “[Com ferramentas como as do Google] Conseguimos cercar o cliente e agregar valor”, contou Igor Nabhan, diretor de marketing da marca, completando que 60% do faturamento da empresa vem do e-commerce (a zee.dog investe pesado para aparecer nas buscas do Google, levado tráfego para o site, e também promoções on-line). Parte do valor dos produtos é revertida para salvar animais abandonados.
Durante o evento, enquanto esperava na fila por uma pizza, encontrei com Julio Turolla, sócio da Parafuzo. Conversamos sobre como às vezes é difícil encontrar alguém de confiança para ajudar na limpeza da casa – e a ideia da startup é exatamente tirar esse entrave e conectar pessoas físicas ou jurídicas a diaristas.
A plataforma é como se fosse um uber da faxina: é possível conseguir uma profissional pelas horas necessitadas. “Acreditamos que assim é mais justo para ambos os lados”, conta Turolla – já que a contratada recebe pelas horas trabalhadas e, assim, preenche seu tempo livre com mais trabalho, e o contratante tem a garantia de que terá alguém para limpar seu espaço pelo tempo que pediu (nem menos, nem mais). 
Ele afirma também que cada uma das cadastradas recebe treinamento e é avaliada por seu serviço. Com o sistema de ranking, as profissionais precisam manter um bom padrão para continuar na plataforma, que já possui 1,2 mil diaristas cadastradas, que atendem a capital de São Paulo, Campinas, Rio de Janeiro, Curitiba.
Na semana passada, a empresa, que já usava ferramentas como analytics e adwords, do Google, e Facebook Ads, decidiu apostar na mobilidade para implementar os negócios e lançou o aplicativo express que, explica Turolla, possibilita a contratação de uma diarista para o mesmo dia. O software está disponível para toda a sua base de 10 mil assinantes.
Hugo é o nome do intérprete de libras da Handtalk. Ele é virtual e foi criado há quase quatro anos por três alagoanos com a ideia de ajudar pessoas com deficiência auditiva – são 9,7 milhões só no Brasil, de acordo com dados do IBGE.
A ideia foi tão boa que chegou a ser votada como a melhor na categoria Inclusão Social do prêmio WSA-Mobile, concurso promovido pela ONU e o aplicativo já possui mais de 1 milhão de downloads. Ronaldo Tenório, CEO da empresa, conta que um dos objetivos da plataforma é traduzir sites, especialmente os de notícias. “Traduzimos escrita ou fala”, conta o executivo. 
Empresas podem pagar por uma assinatura para ter o seu conteúdo traduzido, em caso de sites, por exemplo, que passam a ter um botão na página para acessar a ferramenta. “É uma oportunidade de atingir um novo mercado”, afirma. “O deficiente auditivo é como se fosse estrangeiro vivendo no seu país. Queremos conscientizar empresas, estreitando relações e tornando-as um canal acessível”, afirma. Já são mais de 2 mil sites com o tradutor e os planos de expansão são globais. “O próximo passo é lançar a ferramenta em inglês”, comemora Tenório.
A experiência de procurar um local para o casamento fez a jornalista Carina Gomes fundar a Espaço Nobre. Com poucas opções à disposição, ela decidiu que faria diferente e hoje ela conta com dois locais para festas e dez anos de boas recordações na bagagem.
A princípio, conta o gerente Charles Frederik, a divulgação de trabalhos era feita em publicações impressas, como revistas. Mas o investimento em ferramentas on-line compensava mais. “O retorno em publicidade off-line era quase nulo, sendo que 90% dos nossos contratos tiveram início com uma busca na internet”, disse. Hoje, eles realizam em média 600 eventos por ano e contam com 78 parceiros para fornecimento de buffet no caso de o cliente querer o pacote da festa completo.
Ponto de Brigadeiro (http://pontodebrigadeiro.com.br)
Um simpático carrinho recheado de brigadeiros para todos os gostos estava a postos no centro do espaço. Em meio a pistaches e gianduias, a empresa começou primeiramente no mundo físico, com uma loja em São Paulo. Mas que foi com a iniciativa de abrir um site que o negócio decolou de verdade. “O Google Adwords está conosco desde o começo. [A internet] era a nossa única opção para publicidade”, conta Rodrigo Campelo, sócio do negócio juntamente com Rafael Aurichi. 
“O valor que tínhamos para divulgação no início era pouco. Foi justamente a possibilidade de anunciar com valor reduzido que nos permitiu aos poucos ir conquistando novos clientes e gradativamente aumentando as vendas”, completa. Hoje, a loja física também conta com um site que serve como ponto de contato com clientes, já que possui até o cardápio de produtos.
“Uma viagem por novos sabores”, foi assim que Gabriel Ribeiro me descreveu o coração do seu negócio, fundado em parceria com Nathalia Takenobu. A Bistrô Box consiste em um serviço de assinaturas por meio do qual o cliente recebe em casa, todos os meses, uma caixa com cinco produtos que podem ser recém-lançamentos ou até mesmo coisas que nem sequer chegaram ao mercado. Caixa essa com aparência de uma maleta: basicamente uma bagagem para se levar nessa viagem gastronômica, como brincou Ribeiro.
Na parte digital, o jovem empreendedor conta que a grande maioria dos clientes chega até a Bistrô Box por meio de buscas. “Sejam elas orgânicas ou campanhas de anúncios”, diz. Além disso, eles também utilizam outras ferramentas como Analytics para analisar o comportamento do cliente e, como consequência, agregar valor ao produto. “Mudamos site e nossas estratégias de marketing digital [por conta do analytics]”, conclui.

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