E-commerce fatura R$8,7 bilhões no Natal

Ebit aponta alta de 13% em relação ao mesmo período de 2016, impulsionada pela venda de smartphones

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9:08 am - 27 de dezembro de 2017
e-commerce estudo Ebit

Foram nada menos do que R$8,7 bilhões movimentados no e-commerce período do Natal em 2017. O que significa crescimento nominal de 13% na comparação com os R$7,7 bilhões registrados no mesmo período do ano passado. O número de pedidos expandiu 13,3%, de 16,83 milhões para 19,06 milhões. O tíquete médio caiu 1%, de R$462 para R$457.

A Ebit, especializada no acompanhamento do varejo digital, considerou nesse estudo as vendas estimadas para o e-commerce entre 15 de novembro e 24 de dezembro, incluindo o período da Black Friday, que neste ano correspondeu a 1/4 do faturamento do setor no período.

Os resultados estão praticamente em linha com a projeção da Ebit, divulgada em meados de dezembro. “A única surpresa foi a elevação no volume de pedidos, que cresceu um ponto percentual a mais do que esperávamos, mas com a retração no tíquete médio, o faturamento ficou dentro da estimativa da Ebit para o período”, afirma Pedro Guasti, CEO da Ebit.

Recuperação no e-commerce

Além dos descontos praticados durante a Black Friday, a queda no tíquete médio reflete também a deflação da cesta de produtos do e-commerce, medida pelo Índice Fipe Buscapé. Os preços estão em queda há 12 meses consecutivos e a expectativa é de manutenção da tendência para dezembro.

“O índice deve fechar o ano com retração de 2,5%. Para o e-commerce, esse é um dado muito relevante, pois mostra que a alta no faturamento está apoiada no volume de pedidos. O consumidor está vindo cada vez mais para o e-commerce e comprando produtos diversificados e com maior recorrência”, explica.

Entre as principais categorias, destaque para telefonia (que inclui celulares e smartphones), que representou 21% do faturamento do e-commerce no período. “Casa e decoração também registrou uma participação muito expressiva, com 10,4% dos pedidos e 8,3% do faturamento. A expansão dessa categoria está diretamente relacionada ao reflexo da crise que mudou o hábito dos consumidores reduzindo viagens e alimentação fora de casa”, disse.

De acordo com o executivo, foi um ano positivo para o e-commerce. As vendas foram bem nas principais datas do calendário do varejo e surpreenderam no Dia dos Pais e Dia dos Namorados, fazendo com que o setor retomasse o crescimento de dois dígitos, cuja sequência foi interrompida em 2016, por conta da crise econômica.

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