Além de ter uma logística própria – e bem ampla, a empresa também está trabalhando nos últimos tempos para tornar a entrega por meio de drones uma realidade. Bezos tem se encontrado regularmente com representantes de agências de regulamentação e legisladores, com o intuito de transformar o modo como drones são utilizados comercialmente e até mesmo promovendo uma parceria de entrega com os serviços postais dos EUA.
Seus esforços ainda estão em estágio embrionário, mas a empresa está pressionando bastante – o que fez até controladores de voo afirmarem que essa prática de uso de drones para entregas pode trazer riscos. “As chances de uma colisão irão aumentar quando houver mais aeronaves não tripuladas”, disse Chris Dancy, porta-voz da Associação Internacional de Hhelicópteros.
Mas isso não preocupa o empresário Bezos. Alguns analistas esperam que a Amazon chegue a assumir a cadeia logística inteira, da fábrica à porta do cliente. Neste mês, por exemplo, a empresa assinou contrato de aluguel de 20 aviões de carga da Boeing. A empresa até estabeleceu um trabalho conjunto com a NASA para criar rotas para os aviões não tripulados.
Alguns executivos, inclusive, ficaram animados ao ver a empresa se referir como “fornecedora de serviços de transporte” em um documento para reguladores. Isso tornaria a Amazon concorrente de grandes empresas como UPS e FedEx.
“A Amazon está transformando grandes indústrias; o varejo foi o começo, depois veio o mercado corporativo com a sua plataforma de nuvem e agora a logística de transportes”, disse Colin Sebastian, analista sênior da Robert W. Baird. “Essa é a cartilha de Jeff Bezos e alcançá-la, por meio da influenciação de legisladores, é consistente com seus planos.”