Diversidade: um longo caminho a percorrer no universo corporativo

Executivos acreditam que é preciso trabalhar muito para que as empresas realmente ofereçam um ambiente que todos sejam tratados de forma igual

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2:32 pm - 17 de outubro de 2018
Painel Diversidade na TI

Neste primeiro dia (17/10) do IT Forum Expo 2018, que termina amanhã (18/10), o tema diversidade esteve presente, discutida no berço do universo corporativo. De fato, um valor agregado para um público seleto, que veio em busca de insigths sobre o futuro do setor e do seu ecossistema. Em meio a esse palco de TI em ebulição, o painel Diversidade na área de TI. Estamos preparados? acrescentou um brilho extra nesse desenho de antecipação do futuro.

Executivos de primeira linha contribuíram com suas colocações e foram unânimes sobre a urgência de as empresas tratarem a diversidade com naturalidade e respeito, promovendo a integração entre diferentes culturas, raça, gênero, religião, regionalidade, entre outras formas características do ser humano plural.

E quem avança nessa proposta, obtém resultados positivos e surpreendentes. De acordo com estudo da consultoria McKinsey, empresas com maior diversidade de gênero, por exemplo, têm 21% mais chances de apresentar resultados acima da média do mercado, comparadas com as que possuem menor diversidade do grupo. Afinal, quando se reúne valores e crenças diversificadas, cria-se uma trilha mais curta rumo à inovação.

Consolidado e mais estreito, o mundo corporativo enfrenta e supera desafios quando o assunto é diversidade. Como as empresas a conceituam? Para Ruy Shiozawa, presidente do GPTW, as organizações ainda estão muito longe de oferecer um ambiente em que todos se sintam acolhidos, independentemente de suas religiões, raças, gêneros, culturas, entre outras diferenças.

E isso depende muito dos líderes, de empresas ou grupos de trabalho. “É importante que eles sejam inclusivos, que proporcionem às pessoas o engajamento, o reconhecimento, a oportunidade, a igualdade. Assim como eu, as pessoas têm de sentir bem, elas mesmas”, diz Eliezer Silveira Filho, diretor de Marketing da Stefanini, totalmente engajado em variadas iniciativas inclusivas que contemplam a diversidade de gênero.

Camila Achutti, cofundadora do Mastertech, destacou a necessidade premente de as empresas saírem da discussão e partirem para a prática, sem se apoiar em desculpas defasadas. “Recrutadores apontam que não conseguem contratar CTO mulher, por exemplo. Procuram pelas poucas que existem no mercado e então, diante de negativas, simplesmente se dão por satisfeitos, sem nenhuma ação de fomento. Essa é a maquiagem para se livrarem da culpa de não contratarem mulheres.”

Maria Alice Mendes, Principal da Korn Ferry (foto), acredita que o caminho é longo na causa, mas que é possível virar esse quadro ainda em evolução para tornar o ambiente corporativo altamente diversificado. “Estudos comprovam que empresas que possuem políticas de diversidade obtém resultados mais favoráveis do que as que não ingressaram nessa prática.”

E são justamente resultados surpreendentes que irão despertar cada vez mais as empresas a aderirem à diversidade em seus quadros. “Não há dúvidas de que a pluralidade traz excelentes resultados, inovação. Especialmente na era de transformação digital, que tem como trunfo a formação de grupos com diferentes competências, habilidades, idades, culturas, trabalhando no modelo de colaboração. Grupos homogêneos terão ideias homogêneas, consensuais, certamente não terão os mesmos insights e avanços necessários para uma sociedade em transformação”, disse Nina Silva, Lead IT Project Manager da ThoughtWorks.

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