Dia das Crianças | Golpe no WhatsApp usa Ri Happy e Turma da Mônica

Campanhas visam roubar dados pessoais e gerar tráfego em sites controlados pro criminosos.

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6:44 pm - 10 de outubro de 2019
Concept of hacking or phishing a login and password with malware program

A empresa de tecnologia e segurança Kaspersky identificou duas novas campanhas fraudulentas circulando no WhatsApp. Relacionadas ao Dia das Crianças, 12 de outubro, as campanhas visam coletar dados pessoais e gerar tráfego em sites controlados por criminosos.

De acordo com as informações, uma das campanhas utiliza o nome da loja de brinques Ri Happy prometendo um brinquedo de brinde; a segunda, por sua vez, usa o nome da Turma da Mônica.

No primeiro golpe, os criminosos prometem um brinquedo gratuito, sem sorteio, mas o usuário precisa acessar uma URL específica. A Kaspersky identificou que, em menos de 24 horas de ativação da campanha, quase 85 mil pessoas clicaram no link malicioso.

kaspersky dia da crianças

No site, em si, a vítima é direcionada para uma página que informa que a Ri Happy reservou 100 mil brinquedos para esta suposta ação. Para participar, o criminoso pede que três perguntas sejam respondidas e para a vítima compartilhar a mensagem com dez contatos ou cinco grupos do WhatsApp.

Esta é uma característica já conhecida de campanhas de phishing. Se apropriando de divulgação gratuita por parte das vítimas, o nível de investimento é mais baixo, como já avaliaram especialistas em segurança online.

Turma da Mônica, de novo

No começo do mês, a Kaspersky divulgou uma campanha usando o nome da Turma da Mônica que visava roubar dados de cartão de crédito também no WhatsApp.

Nesta nova campanha de phishing, os criminosos afirmam que as vítimas ganharão o suposto combo de historinhas da marca; para isto, é necessário informar dados como e-mail, número de telefone, nome completo e mais.

A diferença entre as duas campanhas é que, na primeira, a intenção é gerar tráfego para sites cheios de propaganda. Já o segundo visa a coleta de dados que podem ser vendidos para campanhas de spam, por exemplo.

turma da monica phishing kaspersky

Fabio Assolini, analista sênior de segurança da Kaspersky no Brasil, avalia que “enquanto o crime compensar, haverá ataques como este e o primeiro golpe reforça nosso alerta!”

Assolini ainda informa que “pode parecer inofensivo compartilhar seus dados com criminosos, mas essa informação vale muito para eles”. Ele compartilha que é “sempre importante checar nos sites oficiais das empresas se a oferta é verdadeira” e até ligar “para o centro de atendimento ao cliente”.

No Panorama de Ciberameaças na América Latina, a Kaspersy informou que o Brasil é o primeiro país na lista do phishing globalmente. Nos últimos 12 meses, foram bloqueados 92 milhões de ataques, ou 33% a mais na comparação ano-a-ano.

“Já há três, quatro anos, o Brasil é o primeiro”, disse o analista na divulgação do estudo. No Brasil, o WhatsApp tem cerca de 120 milhões de usuários.

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