DevOps é a saída para aliar agilidade e estabilidade

Com ele são criados mecanismos de validação e monitoramento, utilizando as boas práticas de Integração Contínua (CI) e Entrega Contínua (CD)

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1:57 pm - 23 de julho de 2018
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Em um cenário competitivo e com grandes mudanças tecnológicas, as áreas de negócios buscam cada vez mais estarem próximas de seus clientes, oferecendo, sobretudo, soluções inovadoras para entregar mais valor e de forma mais ágil.

Porém, olhando para dentro de casa, é importante que os setores de TI estejam ainda mais preparados para atender a essas demandas do mercado, uma vez que uma boa estrutura oferece maior quantidade de oportunidades e melhora o time-to-market.

Para realizar entregas mais rápidas, mais frequentes e aumentar a qualidade, incluindo o cliente no processo, as áreas de TI das empresas vêm adotando as metodologias ágeis no processo de desenvolvimento de sistemas.

Diferente das tradicionais, as metodologia ágeis são compostas por vários ciclos de planejamento, onde cada um tem um escopo para uma entrega parcial e funcional do sistema. Segundo o site Agile Manifesto, os principais valores do desenvolvimento ágil são:

• Indivíduos e interações, em vez de processos e ferramentas;

• Software em funcionamento, em vez de documentação abrangente;

• Colaboração com o cliente, em vez de negociação de contratos;

• Respostas rápidas, em vez de seguir um plano.

Isso não significa que os itens referenciados à direita não sejam importantes, apenas que mais valorizados que os itens à esquerda. Vale ressaltar que entre os benefícios da adoção da metodologia ágil as empresas apresentaram diminuição de falhas de software, feedback mais rápido do cliente, entregas frequentes, aproximação, além de sinergia do time de desenvolvimento com a gestão e a área de negócio.

Contudo, apesar de proporcionar muitos benefícios, a metodologia de desenvolvimento ágil acabou trazendo um novo problema não percebido anteriormente. Por conta das entregas de software feitas em ciclos – de 1 a 4 semanas –, a equipe de desenvolvimento passou a automatizar seus processos para tornar ágil o lançamento de novas versões de software, garantir a qualidade do código-fonte e implementar testes automatizados. Isso, infelizmente, gerou um gargalo para a equipe de operações, que passou a receber frequentemente versões novas do sistema para serem atualizadas no ambiente de produção.

Diante dessa conjuntura, a equipe de operações precisou adequar seus processos para dar agilidade às atualizações e instalações das aplicações no ambiente de produção, seguindo a qualidade do monitoramento, mantendo a disponibilidade e segurança das aplicações.


A chave para a solução do impasse
Para ajudar a resolver esse problema de agilidade versus estabilidade, surgiu o DevOps. Mas o que é DevOps? Ele é um termo criado a partir da junção das palavras “desenvolvimento” e “operações”, que engloba desde a cultural ágil, práticas, processos e ferramentas de automação para auxiliar a empresa a desenvolver e entregar software e serviços com mais velocidade. Na prática, o DevOps surge como uma opção que consegue preencher a lacuna que existe entre as equipes de desenvolvimento e de infraestrutura, com o desenvolvedor produzindo softwares pensando no negócio.

Com ele são criados mecanismos de validação e monitoramento, utilizando as boas práticas de Integração Contínua (CI) e Entrega Contínua (CD), ajudando também a equipe de infraestrutura a provisionar e gerenciar melhor os ambientes, além de garantir o bom funcionamento das aplicações.

As pesquisas “DevOps Adoption”, realizadas com aproximadamente 700 profissionais de TI em mais de 250 empresas, e “State of DevOps”, realizada com aproximadamente 300 profissionais da área, mostraram as melhorias na integração entre equipe de desenvolvimento e operações utilizando o DevOps. Entre as principais estão:

• Velocidade para o negócio: lançamento de versões de software mais rápidas, ajudando o negócio a entregar mais valor para os clientes e melhorar o time-to-market;

• Redução do custo de TI: economia de tempo utilizando processos automatizados de qualidade de software e testes automatizados, com melhor aproveitamento dos recursos de infraestrutura e do gerenciamento dos ativos;

• Aumento da qualidade: softwares desenvolvidos utilizando as melhores práticas e ferramentas que auxiliam na qualidade do código, passando por testes unitários e automatizados, reduzindo, assim, falhas na aplicação;

• Sinergia entre os times: aperfeiçoamento da comunicação e empatia entre os colaboradores, tornando as equipes mais integradas, motivadas e colaborativas, aumentando, assim, a satisfação dos colaboradores.

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Expansão para outra área
Vendo as vantagens que o DevOps trouxe para as empresas, outro time, o de segurança da informação, também enxergou benefícios em aderir a essa cultura e já é possível ouvir no mercado estes profissionais falando sobre DevSecOps. Esta nova prática nada mais é que o envolvimento da equipe de segurança utilizando as melhoras práticas de segurança da informação, desde a concepção até entrega do produto.

As empresas que buscam inovação, agilidade e focam em entregar valor para seus clientes por meio de software de qualidade estão saindo na frente com a utilização do DevOps. E você, já pensou em utilizar DevOps no desenvolvimento de sistemas na sua empresa?

 

(*) Mauro Mantovani Filho é coordenador da área de desenvolvimento de serviços e soluções da VoxAge

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