Desinformação eleitoral: Meta enfrenta pressão em ano de eleições globais

Com a proximidade das eleições de 2024, a empresa se vê diante de uma enorme pressão para conter o potencial uso prejudicial da IA em suas plataformas

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10:29 am - 10 de abril de 2024
Meta, meta logo, meta QG, headquarters, Menlo Park, sede, Facebook, Instagram, WhatsApp Imagem: Shutterstock

À medida que o ano se desenrola, a Meta enfrenta o desafio e a pressão de garantir que a inteligência artificial (IA) não seja usada para disseminar desinformação e interferir nas eleições globais em andamento, uma preocupação acentuada pelo rápido desenvolvimento de ferramentas de IA capazes de criar conteúdo realista.

Executivos da empresa, no entanto, destacaram que não há uso sistemático dessas ferramentas para subverter eleições até o momento, embora reconheçam a importância de se estar “vigilante”, conforme mencionado durante um evento sobre a estratégia de IA da empresa em Londres na terça-feira.

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Apesar dos líderes da Meta afirmarem que até o momento houve pouco uso sistemático de ferramentas de IA para subverter ou interromper eleições, especialistas alertam para o rápido desenvolvimento e disseminação dessas tecnologias. A capacidade de criar imagens, vídeos e áudios realistas por meio da IA levanta preocupações sobre o potencial uso malicioso dessas ferramentas para influenciar eleitores e espalhar desinformação.

Em resposta a esses desafios, na última semana, a Meta fez um anúncio significativo ao revelar seus planos de rotular todo o conteúdo criado por IA no Facebook e em suas outras plataformas, independentemente de ter sido gerado usando as próprias ferramentas de IA da Meta.

Segundo Chris Cox, diretor de produto da Meta, a política de rotulagem da empresa seria aplicada em diferentes produtos da empresa, como nas redes sociais e em óculos de realidade aumentada. Ele explicou que qualquer texto contendo chatbots no WhatsApp seria claramente identificado como uma conversa com IA.

Nick Clegg, presidente de assuntos globais da empresa, expressou um otimismo cauteloso em relação à possibilidade de o setor de tecnologia concordar com padrões para moderar a mídia produzida por IA. Enquanto isso, ele enfatizou a importância de permanecer “vigilante” diante dos desafios impostos por essa tecnologia, ao mesmo tempo em que destacou seu potencial como uma ferramenta valiosa para enfrentar esses desafios.

Durante o evento, líderes da Meta, incluindo Clegg, elogiaram a diversidade de modelos de IA da empresa, encontrados em produtos como Instagram e óculos Ray-Ban com realidade aumentada. Eles ressaltaram o compromisso da Meta com a IA de código aberto para garantir sua acessibilidade. Além disso, anunciaram uma nova versão do modelo principal, o Llama, com lançamento previsto em breve, enquanto enfatizavam o potencial de incorporar chatbots de IA em mais produtos, visando um futuro onde cada interação será mediada por assistentes de IA.

*Com informações da Bloomberg

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Redação

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