Descubra o que empresas buscam em futuros colaboradores

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10:15 am - 10 de fevereiro de 2016
Descubra o que empresas buscam em futuros colaboradores

Acertar na escolha da pessoa ideal para compor um time não é tarefa fácil. Por mais qualificações o candidato apresente, a decisão assertiva vai muito além das habilidades, competências e experiências registradas no currículo. É necessário detectar se o perfil do candidato está alinhado aos valores da empresa. Mas o que é preciso para conquistar uma vaga no cobiçado mundo da tecnologia da informação?

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Os departamentos de Recursos Humanos das empresas de TI têm evoluído seus processos seletivos para torná-los cada vez mais eficazes e a maioria utiliza a rede profissional LinkedIn para ajudar na pré-avaliação. Por esse motivo, vale estar com o perfil atualizado e com exposição adequada.

Para Marcelo Carvalho, diretor de Recursos Humanos da SAP, fornecedora mundial de aplicações de software empresarial, o LinkedIn é uma grande fonte de talentos. “A maior parte é selecionada por esse canal”, diz. Mas o que pode marcar bons pontos na SAP? Ele responde: “Ter uma foto profissional, currículo atualizado e conquistas que obteve nas oportunidades, em diversas áreas. Também as recomendações, e não falo de quantidade e sim de qualidade”.

A Oracle dá atenção aos comentários postados na rede e a considera um importante banco de dados, em especial para ter conhecimento da trajetória do candidato.

O nível dos integrantes na rede de relacionamento do LinkedIn também conta pontos na Microcity, fornecedora de infraestrutura de TI como serviço. “Muitas vezes, encontramos alguns de nossos clientes nos contatos de candidatos e isso é muito bom”, acrescenta Polianna Lopes, diretora-adjunta de Pessoas e Marketing da empresa.

A diretora de Recursos Humanos da Cisco, Tatiana Shedd, alerta para a importância de colocar todas as informações possíveis, principalmente sobre as empresas por onde passou e também o nível de fluência em inglês e espanhol. “As pessoas normalmente não colocam o estágio de domínio desses idiomas e é fundamental”, avisa.

A temida entrevista pessoal
Do digital ao real, a entrevista é considerada pelos candidatos o momento mais tenso. Há insegurança sobre o que vestir, falar pouco ou se estender. E ainda o desafio de esconder o nervosismo, entre outras agruras. Mas os líderes do RH recomendam o bom senso para tudo. “Nem tanto o céu, nem tanto a terra”, dizem.

“Contudo, é também crítico para quem está avaliando. A final, é uma caixinha de surpresas”, destaca Polianna, acrescentando que pessoalmente tudo pode complicar, considerando a pessoa estar fora da zona de conforto. “O brilho nos olhos e a paixão como o candidato fala de seus grandes feitos ao longo da carreira podem fazer toda a diferença”, dá a dica.

Avaliar as questões técnicas, portanto, parece ser mais fácil do que as características muitas vezes intangíveis, pautadas em valores. Mas o que seria totalmente desfavorável ao candidato? Não ter feito a lição de casa, ou seja, não entrar no site da organização para ler sobre as principais informações, em especial a atuação no mercado, clientes e produtos.

“É também um ‘tiro no pé’ falar mal da empresa de onde saiu ou quer sair”, avisa Carvalho. “Tememos que no futuro o mesmo aconteça com a nossa companhia.”

Os gestores da área que está recrutando também enfrentam o desa o de fazer a escolha certa. Na SAP, existe um programa para facilitar esse trabalho, é o Licença para Recrutar, treinamento para todos os gestores com o objetivo de capacitá-los na seleção de pro fissionais com melhor alinhamento ao per fil técnico e aos valores da organização.

Além disso, está no forno a Comunidade de Talentos, iniciativa que será lançada em breve na América Latina, reunindo artigos, fórum de discussões com líderes, anúncios de soluções e inovação, que poderá ajudar bastante aos futuros candidatos a vagas. “Essa comunidade terá acesso a oportunidades de carreira na SAP.”

Valores e competências
Muitas são as exigências para a conquista de uma vaga nessas empresas. Em comum, as mais apreciadas são: fluência em inglês, fluência em espanhol como diferencial, certi ficações técnicas nos produtos da empresa contratante, facilidade de comunicação, atitude positiva, facilidade de adaptação, adepto a mudanças, senso de justiça, transparência, sinceridade e comprometimento.

Alberto Brisola, diretor de Recursos Humanos da Oracle, acrescenta que, hoje, na empresa e em grande parte do mercado, ter certi ficações e capacitação em tecnologias de cloud é um diferencial de peso. “E também pessoas formadas em raciocínio lógico, forte raciocínio técnico, além de entender bastante de negócios”, destaca e acrescenta que é recomendável paixão pela função e pelo universo de TI. Ele tira da manga outra recomendação não menos importante e muito considerada atualmente: “Ter bom humor e tratar o dia a dia de maneira divertida”.

A líder de Aquisição de Talentos para a América Latina da Cisco, Luciana Issa, diz que o ambiente na empresa é muito colaborativo e o candidato deve estar preparado para trabalhar integrado a um time, executar tarefas, apresentar resultados efetivos e ser voltado à inovação. “É um mix de competências e comportamentos alinhados aos valores da corporação”, de fine a executiva, lembrando que o importante é admitir candidatos que, munidos de habilidades técnicas e valores pessoais, sejam capazes de conectar pessoas, tecnologias e ideias.

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