Depois de acordo com IBM, Lenovo quer liderança em servidores
O apetite chinês é de assustar. Há algumas semanas a Huawei afirmou que quer liderar globalmente em TIC e não descarta, inclusive, em brigar por uma posição de maior destaque em mobilidade. Nesta segunda-feira (29/09), foi a vez da Lenovo propagar ao mercado seu desejo de ser a número 1 em servidores no mundo. A afirmação foi feita pelo chairman e CEO da fabricante, Yang Yuanqing, em conferência para anunciar que, em 1º de outubro, estará concretizada a operação de compra da divisão de servidores x86 da IBM.
Parte da estratégia inclui ampliar presença no mercado chinês, onde o executivo vê grandes possibilidades de crescimento pelo aumento na construção de novos data centers. Eles trabalharão forte ainda em ganhar mais espaço nos Estados Unidos e em outros mercados maduros e para aproveitar o bom momento dos países emergentes. “Somos número 1 em PCs e há dois anos desenhamos uma estratégia para crescer além de PCs. Apostamos em mobilidade e no corporativo e nesse meio tempo construímos as fundações para competir nessas áreas. Com a Motorola, poderemos ser a terceira força em mobilidade. O corporativo é outra área de crescimento e cresce muito rápido. Neste momento, somos o terceiro em servidores no mundo, mas temos possibilidades de liderar.”
E se você pensa que a companhia investe apenas na questão do hardware está totalmente enganado. De acordo com o CEO, há um olhar forte para o desenvolvimento de software e aplicativos de forma geral, já que ele entende que um foco 100% no hardware não garante o futuro da companhia. Diferente de companhias tradicionais de hardware que levaram anos para fazer uma virada e, em diversos momento, optaram por deixar a fabricação de equipamentos para focar em software, a chinesa já assimila essa necessidade antes mesmo de alçar a liderança em hardware, querendo garantir inteligência às suas máquinas e operações.
O fato é que a partir do dia 1º de outubro, estará consolidada a operação de compra por parte da Lenovo da unidade de servidores x86 da IBM. Na aquisição de US$ 2,1 bilhões, a chinesa leva para casa os servidores blade e switches System x, BladeCenter e Flex System, além dos sistemas integrados Flex baseados no x86, os servidores NeXtScale e iDataPlex e o software associado, e as operações de redes e manutenção de blades.
A expectativa da companhia é que até o final deste ano a transição tenha sido executada em praticamente todos os países de atuação. A primeira parte, que se inicia em outubro, deve abranger todos os grandes mercados para os produtos adquiridos.