A terça (10) foi um dia repleto de emoções para a companhia de telecomunicações Oi. Logo pela manhã, a empresa chegou aos holofotes por conta de uma nova fase da Operação Lava Jato. Chamada Mapa da Mina, a investigação tem como objetivo buscar possíveis provas a respeito de repasses de mais de R$ 132 milhões que a Oi teria realizado para empresas do grupo Gamecorp/Gol, que tem Fabio Luis Lula da Silva, mais conhecido como Lulinha, como um dos principais sócios.
A operação atual é uma continuidade da 24a fase da Lava Jato, datada de 2016 e que ficou famosa por conta da condução coercitiva que os agentes efetuaram no ex-presidente. Na mesma época, de acordo com a Procuradoria o grupo Oi/Telemar teria realizado pagamentos “sem justificativa econômica plausível”.
Um exemplo desses potenciais repasses, apresentados pela Folha de S.Paulo foi a “Bíblia na Voz de Cid Moreira”, produto desenvolvido pela Goal Discos (empresa de Jonas Suassuna, que tem negócios com Fábio Luis). Enquanto a Oi teria repassado R$ 16 milhões à gravadora, a receita da Bíblia’ teria atingido apenas R$ 21 mil.
De acordo com a comunicação realizada pelo Ministério Público Federal (MPF), o grupo Oi/Telemar teria recebido diversas vantagens durante a gestão do ex-presidente, como o aval para a aquisição da Brasil Telecom (lavrada no Decreto nº 6.654/2008) e também durante a nomeação de conselheiro da Anatel, agência que regula o trabalho das empresas de telefonia.
Outro ponto delicado na investigação é que parte dos valores que, em teoria, foram enviados pela Oi, teriam sido utilizados para a compra do sítio de Atibaia, que tem Suassuna como um dos donos registrados e foi parte essencial para a condenação de Lula.
Em comunicado enviado à imprensa, a Oi afirma que as afirmações do Ministério ainda não ” não representaram de fato nenhum benefício ou favorecimento a seus negócios”. E que, nos últimos anos, “vem adotando e aprimorando uma série de iniciativas e procedimentos internos, que incluem revisão e adequação de contratos, estabelecimento de novas práticas de gestão e adoção de regras estritas de compliance.”
A telecom também afirma que está colaborando com o fornecimento de todas as informações solicitadas pela justiça e que “A gestão da companhia reitera que não compactua com nenhuma irregularidade e não tem medido esforços para assegurar que quaisquer ações que eventualmente possam ter prejudicado a companhia sejam integralmente apuradas.”
Ao final da tarde, a companhia convocou uma coletiva com a imprensa para oficializar a saída do diretor-presidente Eurico Telles. Durante a coletiva, ele enfatizou que o comunicado não tem relação com a operação do Ministério Público e que o movimento é parte de um processo iniciado meses atrás.
Telles informou que sua saída definitiva acontecerá em janeiro de 2020 e que seu substituto ainda será escolhido em uma reunião futura do conselho administrativo da Oi. Ao ser perguntado sobre a procedência das investigações da Lava Jato, Telles disse que a firma não obteve as vantagens das quais está sendo acusada.
“Estou aqui há 38 anos e essa companhia é só pepino. É só pepino, tanto que foi para recuperação judicial. Por quê? Tinha dívida imensa, receita decadente, serviço fixo decadente”, disse Teles durante a entrevista acompanhada pela agência de notícias Reuters.
Falando sobre a cadeira da presidência, o rumor que mais ganhou força no mercado é o lugar será assumido por Rodrigo Abreu, atual COO da empresa (sigla em inglês para Diretor de Operações) que já ocupou posição similar durante sua estadia na TIM.
Na segunda (9) a Oi emitiu um requerimento para a 7ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro pedindo a prorrogação do seu processo de recuperação judicial, que completa dois anos em fevereiro de 2020. De acordo com a empresa, o processo trará mais estabilidade interna para ao Oi, que poderá aprimorar os negócios com os benefícios gerados.
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