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Dados inteligentes melhoram a tomada de decisão, dizem empresas

A transformação digital e as estratégias para analisar dados com inteligência caminham juntas para que as companhias consigam praticar a inovação com mais velocidade e ser mais assertivas nos negócios. Mas muitas companhias ainda não adquiriram essa maturidade e os projetos estão sendo desenvolvidos de forma isolada.

“Mais do que nunca a transformação digital exige colaboração. Mas em empresas muito hierárquicas essa estratégia não terá sucesso”, constata Cassio Pantaleoni, presidente do SAS Brasil, que foi um dos participantes do painel “Digital e analytics: inseparáveis na nova dinâmica dos negócios”, no primeiro dia do IT Forum X. Ele ressaltou que inovação exige ferramentas múltiplas e que é um desafio a construção de um ecossistema analítico.

O executivo explica que essa fundação é apoiada por três pilares: dados qualificados, modelo estatístico e transformação contínua. Ele esclarece que a transformação digital não é um projeto com data prevista para conclusão. Pantaleoni observa que as tecnologias estão mudando com muita velocidade e que a digitalização e inovação precisam ser constantes.

“Muita gente acha que transformação digital tem começo meio e fim”, acrescenta Roberto Carvalho, presidente da Dynatrace. Ele concorda com Pantaleoni, dizendo que essa estratégia não é apenas levar aplicações para nuvem.

Ao seu ver, a análise de dados tem que caminhar junto com todo o processo de entrega das aplicações. Mas o executivo reconhece que a carência por cientista de dados é uma barreira para ganhos de maturidade do business analytics.

Empresas que estão dando os primeiros passos nessa direção, admitem que ter informações certas faz com que as decisões sejam mais assertivas. “Quem tem dado tem o poder”, brinca Fabio Metta, CIO da BR Properties. Sua empresa, que atua no ramo imobiliário, depende muito desse ativo para saber que prédios devem ser comprados, em que local e qual a hora certa de vender um imóvel.

Metta conta que a BR Properties está usando, por exemplo, internet das coisas para fazer a manutenção de elevadores dos prédios e também para analisar o comportamento dos inquilinos. “Estamos passando por uma grande transformação de dados, cultura e sistemas”, afirma o CIO.

A análise de dados também está apoiando projetos em favelas brasileiras. Celso Athayde, CEO da Favela Holding relata que tem 22 companhias tentando achar soluções de TI para entregar serviços aos moradores dessas comunidades. Entre os exemplos, destaca a venda online de passagem aérea de acordo com o perfil do consumidor e  a aliança com a Uber para permitir acesso à plataforma de mobilidade de táxi nesses locais.

“A Uber não chegava às favelas Heliópolis e Paraisópolis, em São Paulo por medida de segurança. Criamos um projeto juntos com delimitação de áreas em que os táxis podem parar para pegar usuários desses locais”, conta o executivo. O sistema é parecido ao que a Uber implementou nos aeroportos.

Segundo Athayde, hoje a favela Heliópolis, por exemplo, conta com seis pontos da Uber e gerou oportunidades de negócios para cerca de 330 empreendedores, que são os motoristas de táxi por aplicativo.

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