CPTM otimiza serviços e projetos com soluções da Autodesk

Ao integrar sistemas e adotar metodologia BIM, Companhia Paulista de Trens conseguiu reduzir significativametne tempo gasto em operações

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2:00 pm - 29 de abril de 2019

Em busca de trazer mais inovação aos seus processos internos e externos, a CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) vem apostando na aplicação da metodologia BIM (Building Information Modeling), que envolve hardware, software e profissionais para gerar modelos tridimensionais com o máximo de detalhamento.

Com o uso da tecnologia em questão, habilitado pelas soluções de software para infraestrutura da Autodesk, a CPTM pôde conceber um projeto construído em modelo parametrizado, que permite visualizar volumetria, estimar custos, quantificar e qualificar os materiais aplicados, observando e ajustando questões ambientais e outros itens de projeto.

“O BIM permite que as tomadas de decisões e estudos fiquem mais precisos. E assim é possível diminuir custos, já que a solução consegue antecipar possíveis falhas e evita obras desnecessárias, além de avaliar a compatibilidade dos projetos ao plano de implantação”, explica o especialista técnico da área de Arquitetura, Engenharia e Construção (AEC) da Autodesk no Brasil, Pedro Soethe.

Projetos de acessibilidade
Neste processo, a Companhia Paulista de Trens criou um núcleo BIM com cerca de 60 especialistas dedicados, sendo que entre 2016 e 2017 foram desenvolvidos internamente cinco projetos de adaptação de acessibilidade em estações. As iniciativas permitiram que as equipes adquirissem experiência e pudessem aplicar na prática os conceitos aprendidos nas etapas anteriores de treinamento e projetos piloto.

Conforme as empresas, esses projetos resultaram nas primeiras contratações de obra a partir de projetos desenvolvidos inteiramente dentro do Processo BIM na organização, e as companhias contratadas para a realização das atividades terão que atualizar o modelo fornecido, no que está sendo chamado de “As-Built em BIM”.

As obras das estações da CPTM em Ribeirão Pires, Rio Grande da Serra e Mogi das Cruzes já foram concluídas, enquanto que as obras da estação Jaraguá foram iniciadas no final de fevereiro e as da estação Várzea Paulista encontram-se atualmente em fase de contratação.

Otimização de tempo
“O projeto em BIM otimizou o nosso tempo gasto em pelo menos 30% do tempo. Além disso, não precisamos ir a campo com a mesma frequência de antes para fazer e refazer medidas, traçados e muito menos ter que interromper a circulação das pessoas. O que antes demorava cerca de 1 mês, agora conseguimos fazer em 1 ou 2 dias e com muito mais assertividade, já que podemos provisionar vários cenários”, afirma o Gerente de Projetos da CPTM, Eduardo Tavares.

Expansão
Além disso, a modelagem da primeira etapa também poderá servir de base para outros projetos. Com o mapeamento feito, por exemplo, será possível fazer novos estudos para analisar áreas, impactos e desocupações, entre outros fatores.

O próximo passo da CPTM é utilizar o BIM para o acompanhamento das obras. Para isso, alguns integrantes das equipes já foram treinados ao longo último ano. “Estamos abrindo caminho para, num futuro não muito distante, introduzir o BIM para as áreas operacionais e de gestão de ativos”, aponta Eduardo.

Biblioteca BIM
Outra iniciativa da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos neste sentido que merece destaque é a revisão de itens existentes e a modelagem de novos itens da Biblioteca BIM CPTM. A primeira etapa do trabalho consiste na modelagem e na revisão de aproximadamente 500 itens de Projetos Padrão de Arquitetura, que já serão classificados com seus respectivos códigos de custo no sistema CPTM e com informações de projeto.

Além dos elementos BIM em si, também estão sendo desenvolvidas fichas de utilização de cada um desses itens e respectiva documentação técnica, de modo a facilitar o uso desses objetos em projeto por quem ainda não possui conhecimento avançado de softwares de modelagem.

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