Notícias

Comprar online e retirar na loja será o grande desafio do varejo em 2018

A
distância entre os mundos físico e virtual é cada vez menor. Prova
disso são as ferramentas analíticas, que surgiram para dar aos lojistas
eletrônicos a oportunidade de mensurar tudo o que ocorre em seu site –
independentemente da concretização da venda. Hoje a mesma realidade já é
vista nos estabelecimentos físicos, onde os gestores conseguem, por
meio de câmeras, desenvolver estratégias com base nas informações em
tempo real sobre os visitantes. Em alguns casos, é possível dizer que os
dois mundos estão unidos, fundidos em um emaranhado tecnológico que
possibilita novas e diversas experiências para os consumidores.

Muito tem se falado em eventos como o NRF Retail’s Big Show 2018, um dos principais do setor, sobre o modelo de cross store pick up,
que vai além da junção do comércio eletrônico com a loja física. Nesse
formato, a experiência de compra é híbrida, possibilitando que o
consumidor adquira o produto via web e efetue a retirada em um estabelecimento físico de outra rede, mesmo no caso dos marketplaces, em que a venda pode ser efetuada por terceiros.

Apesar
de ter sido adotado recentemente no Brasil, o termo já é conhecido nos
Estados Unidos. Lá, em 2014, a Sears e a Kmart, duas grandes redes de
varejo, se uniram para criar o que hoje é conhecido como a primeira
colaboração entre lojas virtuais e físicas, permitindo que os
consumidores comprassem no site de uma das duas e retirasse em um
estabelecimento de qualquer uma das duas redes. No ano seguinte, o WalMart lançou o serviço Grab and Go na Austrália (foto abaixo).

Na
prática, esse modelo pode revolucionar toda a forma como são feitos os
negócios hoje, além de permitir um maior aprofundamento da experiência e
jornada do consumidor no decorrer de sua compra, garantindo mais uma
opção para o recebimento do produto.

No
Brasil, temos grandes empresas mantenedoras de importantes redes de
varejo, com uma logística eficiente em grande parte do território
nacional. Essas mesmas organizações estão caminhando a passos largos no
marketplace digital. O desafio, agora é elevar a um novo nível para
oferecer essa comodidade ao consumidor.

O
fato é que varejo online e físico estão se tornando uma coisa só, e o
caminho para que o setor continue saudável nos próximos anos é a união,
inclusive entre grandes e menores varejistas, para que o consumidor não
escape dessa teia.


(*) Walter Sabini Junior é sócio-fundador da FX Retail Analytics

Recent Posts

IA facilita reencontro de animais e tutores no RS após enchentes

As recentes enchentes no Rio Grande do Sul não afetaram apenas pessoas, mas também milhares…

23 minutos ago

13 oportunidades de ingressar na área de tecnologia

Toda semana, o IT Forum reúne as oportunidades mais promissoras para quem está buscando expandir…

41 minutos ago

EXCLUSIVO: Konecta Brasil fatura R$ 650 mi em 2023 e quer chegar a R$ 1 bi em 2025

A Konecta Brasil, unidade brasileira do grupo espanhol especialista em relacionamento e experiência do cliente,…

2 horas ago

Para 84% dos CEOs, investir em IA é ‘prioridade máxima’, diz KPMG

A imensa maioria (84%) dos CEOs da área de tecnologia concordam que a inteligência artificial…

3 horas ago

Yamaha inaugura Centro Tecnológico em Jandira (SP)

O grupo fabricante de motocicletas e motores Yamaha inaugurou essa semana, em Jandira, na região…

4 horas ago

Apple vai alimentar ferramentas de IA com chips de servidor interno

A Apple está se preparando para lançar uma série de novas funcionalidades de inteligência artificial…

5 horas ago