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Como inovar com o apoio da comunidade open source?

Simplificar a TI para direcionar as atenções para a inovação é um dos maiores desafios dos líderes de TI hoje. Esse caminho, no entanto, pode ser trilhado com o apoio da comunidade open source, segundo executivos do setor. O cenário tradicional de desenvolvimento dentro de casa, realizado por uma equipe focada, tem sido, em muitos casos, substituído pelo modelo colaborativo no qual todos contribuem para a melhoria de um software e aumento da competitividade.
O assunto foi discutido hoje (25/9) em painel no Red Hat Forum, realizado pela primeira vez no Brasil. Luciano Ramos, coordenador de Pesquisa de Software na consultoria IDC, lembrou que o CIO, hoje, está em um momento importante de transição que exige o entendimento de mudança do seu papel.
“Antes, o CIO focava na operação, na administração de TI. Agora, ele precisa se transformar para alavancar negócios”, ressaltou. Ramos reconheceu que essa transformação não é simples, já que o profissional de TI tem de trabalhar para apoiar a infraestrutura atual, mas também inovar.
Christian Fujisaka, coordenador de data center do Grupo Abril, concorda e diz que é preciso, além de tudo, imprimir agilidade. “Tínhamos tempo no passado de desenvolver e fazer testes. Hoje, esse tempo ficou curto, somado ao fato de que a área de negócios busca rápidos resultados”, relatou.
Lauro de Lauro, CEO da Dualtec, disse no painel que existe uma série de ferramentas  que acelera a inovação. “A comunidade open source é para isso. Estar baseado em comunidades é o caminho para a inovação”, acredita.
Ramos usou dados de uma pesquisa recente da IDC para mostrar que quando o assunto é inovação, há ainda um gap entre as áreas de TI e negócios. Segundo o estudo, para os executivos de negócios, 76% dos líderes de TI têm papel importante na inovação. Além disso, 75% relataram que a inovação só é possível com o apoio da TI. Por outro lado, 20% dos executivos de TI apontaram que participam dos comitês e processos de inovação na empresa. “Ao eliminar esse gap, a percepção de valor muda e a inovação se torna mais palpável para as áreas de negócios”, aconselhou.
O gerente de TI BM&FBovespa, Cristiano Fernandes, relatou que atualmente a BM&FBovespa roda muitas aplicações em Linux e JBoss, por exemplo. A organização está totalmente mergulhada no mundo de missão crítica, mas encontrou no open source o equilíbrio entre inovação e estabilidade. “Se inovação é explorar ideias com sucesso, não necessariamente precisamos ser early adopter. A BM&F Bovespa inova, mas primamos pelos players enterprise, que nos dão um suporte”, contou, lembrando que inovação está sempre ligada a resultados.

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