Como a força de trabalho digital impacta mercado de terceirização?
Segundo a consultoria ISG, quando se trata de força de trabalho digital no há três níveis no ambiente corporativo que buscam executar tarefas mais rapidamente, com mais qualidade e por um custo reduzido. Andreas Lüeth, sócio da ISG, explica que o primeiro deles, apontado no relatório trimestral da empresa, o ISG Index, inclui automatizar padrões e processos repetitivos, aplicado a tarefas mais administrativas e transacionais com grandes volumes de atividades.
Já o segundo nível é mais complexo, porque demanda um sistema para se comunicar com pessoas ou com dados não-estruturados, como faturas e atividades do help desk. O terceiro, por fim, inclui requisitos de aprendizado de máquina para melhorar e agilizar o atendimento.
“Com esse terceiro nível, por exemplo, uma empresa do setor financeiro conseguiu automatizar o processo de faturas e economizar 50% com custos de mão de obra”, observa Lüeth, completando que o objetivo da digitalização da força de trabalho não é eliminar postos e sim levar mais eficiência para a operação.
O especialista acredita que o trabalho digital vai crescer rapidamente e gerar forte pressão nos preços de serviços tradicionais de outsourcing de TI. O cenário, contudo, mostra que empresas e profissionais ainda não estão prontos para a chegada dessa onda, revela ele.
“O estágio atual global é de avaliar o que a empresa precisa”, comenta. Ele acrescenta, ainda, que 2017 será o ano de estruturar as bases digitais e certamente haverá grande demanda por consultorias na área.
Do lado do profissional, se hoje o mercado procura por administradores de servidores, de rede e de infraestrutura, muito em breve vai passar a focar, essencialmente, na atração e retenção de analistas de dados. Nos Estados Unidos, por exemplo, hoje o mercado está à procura de 400 mil analistas de dados. “Os talentos devem mudar suas habilidades para atuar em outras frentes”, aconselha Lüeth. E, aí, você está preparado para essa virada de chave?