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Como as empresas e líderes podem prevenir e lidar com o Burnout

O burnout ou síndrome do esgotamento profissional já afeta cerca de 64,3 milhões de brasileiros, segundo levantamento realizado pela International Stress Management Association (Isma). O excesso de trabalho, um ambiente corporativo tóxico, a pressão constante, estresse crônico, falta de autonomia ou de flexibilidade, estão entre os principais fatores de risco no ambiente de trabalho que podem desencadear a doença ocupacional.

Por ter um início silencioso, muitos profissionais vêm sofrendo desta exaustão sem estar cientes disso. Questões relacionadas à saúde mental são a terceira maior causa de afastamento do trabalho e dados apontam tendências de crescimento.

“Sendo o produto de um acúmulo de estresse, esse esgotamento profissional não acontece de um dia para o outro. É um fenômeno complexo e profundo que atinge profissionais de todas as idades, setores e níveis hierárquicos”, explica Ines Hungerbühler, psicóloga, PhD e líder do time clínico do Wellz, solução de saúde mental do Gympass.

Como as empresas podem lidar com o burnout

Nos últimos anos, as discussões sobre o burnout aumentaram e ficou claro que as empresas podem desempenhar um papel crucial na promoção da saúde mental de seus colaboradores e na redução do estigma em torno do tema e consequentemente no tratamento eficaz de questões como o esgotamento profissional e a redução de danos.

Na prevenção da síndrome de burnout, a construção de um ambiente de trabalho saudável é o ponto-chave, destaca Ines. Existem várias estratégias para criar uma cultura de cuidado no qual colaboradores conseguem trabalhar de forma produtiva e manter o seu bem-estar.

Leia mais: CEOs compartilham dicas de saúde mental para manter alta performance no trabalho

Na lista abaixo, Ines destaca algumas ações práticas e de fácil implementação que as empresas e líderes podem adotar para prevenir o burnout de suas equipes.

Lidar com a cultura da produtividade

“Ambientes onde a produtividade está acima de qualquer coisa (até a própria saúde da pessoa colaboradora) são propensos a facilitar o desenvolvimento de burnout. Somos todos humanos e ter limites não é apenas normal, mas saudável, inclusive para a empresa”, lembra a psicóloga.

Flexibilizar as rotinas

Estresse crônico muitas vezes é causado por uma incompatibilidade entre as exigências profissionais e as capacidades e recursos do lado da pessoa colaboradora. Ines destaca que, compreender as rotinas e metas que se adequam não apenas para o negócio, mas também para a pessoa colaboradora, traz mais produtividade e contribui para um ambiente mais saudável.

Educação e capacitação da liderança

As lideranças têm um papel fundamental na criação de uma cultura de cuidado e consequentemente um ambiente de trabalho saudável. Para uma pessoa líder poder criar espaços psicologicamente seguros e acolher membros da equipe, é necessário preparar a liderança adequadamente, recomenda a especialista.

Ter ferramentas de monitoramento

Assim como o burnout, outras questões de saúde mental tais como a depressão ou ansiedade, não aparecem de um dia para outro. Identificar primeiros sinais e sintomas, permite intervir antes de um desenvolvimento completo e consequentemente reduzir desde o início consequências como afastamentos e altos custos médicos, além de uma qualidade de vida impactada.

Promover programas de cuidado contínuo

“Para criar uma cultura que prioriza o bem-estar precisa-se mais do que oferecer ações pontuais ou intervenções em crise. Oferecer benefícios e ferramentas que permitam às pessoas colaboradoras cuidar da própria saúde mental, gerenciar melhor os níveis de estresse e aumentar o autoconhecimento, é fundamental para prevenir o burnout e outras questões de saúde mental”, finaliza a psicóloga PhD e líder do time clínico do Wellz.

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