A transformação digital faz com que as empresas invistam em tecnologia, mas se o caminho para a inovação não está dando certo, talvez seja necessário olhar atentamente para a cultura organizacional.
Para Barry Pellas, tecnólogo chefe de negócios da PointSource, unir a força de trabalho para um objetivo comum é a melhor forma de prosperar e fomentar a inovação na era digital. Mudar a cultura corporativa não é tarefa fácil, mas as organizações podem perder muito se não aceitarem essa transformação.
“Se as empresas não conseguirem unificar a empresa em um objetivo comum, elas correm o risco de uma má alocação de recursos, concorrência interna que interrompe a conclusão do projeto e perderão uma série de ideias criativas”, diz o especialista.
É claro que mudar a cultura corporativa exige esforço, mas a recompensa vale a pena. Pellas dá três razões pelas quais a cultura da empresa está estagnando a inovação e fala sobre como as empresas podem trabalhar para mudar as atitudes dos seus colaboradores.
Um dos diferenciais de um produto de tecnologia de sucesso é ter uma interface amigável, em que os consumidores utilizem a solução de forma simples e intuitiva. No entanto, Pellas afirma que as empresas têm o hábito de se concentrar na “transação” mais do que na “entrega de um produto final focada na experiência do usuário”.
Pensando nisso, o especialista sugere atuar com base no design thinking, que é uma estratégia que os designers costumam usar para se manter focados no usuário final. “É uma abordagem centrada nas pessoas que combina o toque humano, a integração de tecnologia e mantendo o sucesso do negócio em primeiro plano”, explica.
Pellas incentiva as empresas a incutir essa mentalidade em todas as unidades de negócios, a fim de construir uma cultura corporativa que se concentre em colocar o usuário em primeiro lugar. Uma mudança para o design thinking fará com que todos os funcionários pensem no cliente.
Pregar para uma mentalidade inovadora no trabalho é admirável, diz John Underkoffler, CEO da Oblong Industries, mas colocá-lo em ação não é tão fácil. Uma coisa é dizer que você incentiva a inovação no local de trabalho, mas outra é ativamente apoiar ideias inovadoras com tempo, energia e recursos. “Há muitas organizações que dizem promover a inovação, mas que, na prática, negam permissão a indivíduos ou equipes que tentam trabalhar de maneira inovadora”, declara Underkoffler.
As empresas sofrem mais quando são fortemente descentralizadas, com departamentos isolados que raramente interagem uns com os outros. Isso resulta em “menos compartilhamentos de conhecimento e inovações”, afirma Pellas.
No entanto, as empresas precisam evitar abordar a colaboração como apenas mais um projeto – não é algo que possa ser marcado no calendário. Na realidade, a prática precisa se tornar uma “maneira de ver, interagir e ampliar o mundo”, acrescenta Underkoffler.
“A comunicação constante é fundamental para a transformação digital em qualquer organização e, quando designers, desenvolvedores e equipes de entrega trabalham juntos, a inovação orgânica é quase certa”, defende Pellas.
Os líderes de negócios precisam unificar a empresa com um objetivo comum, se quiserem incentivar a inovação. Isso remete a impulsionar o design thinking e investir no trabalho de todas as unidades de negócios com foco no mesmo objetivo, como oferecer serviços e produtos fáceis de usar, por exemplo.
“Metas variadas criam uma desconexão entre os departamentos, muitas vezes levando a processos ineficientes e falta de um esforço unificado para causar um impacto na inovação”, explica Pellas.
Como sempre, isso requer uma abordagem de cima para baixo – com executivos e gerentes modelando e dando exemplo para toda a empresa. De acordo com o especialista, se os colaboradores não conseguirem ver seus líderes seguindo esses padrões de inovação, eles também não o farão.
“O propósito e a visão da empresa, sua substância real em maior escala, precisa fazer parte do ar que todos respiram”, diz Underkoffler. Segundo o executivo, a “estrutura e processo” de toda a empresa precisam contar com comunicação aberta e ideias inovadoras.
Se as empresas puderem encontrar esse equilíbrio, elas criarão um ambiente com infinitas possibilidades e um “sistema operacional humano que permite que o melhor trabalho e pensamento das pessoas se unem em torno de novas ideias poderosas”, completa Underkoffler.
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