Com lançamentos, Positivo quer alcançar em celulares mesma relevância ocupada no mercado de PCs

Author Photo
3:43 pm - 24 de fevereiro de 2015
Com lançamentos

“Estamos tentando fazer em celulares o que fizemos em PC”,
declarou Hélio Bruck Rotenberg, presidente do Grupo Positivo e da Positivo
Informática
durante coletiva de lançamento de sua nova linha de celulares
fabricados no Brasil, na terça-feira (24/2), que teve como destaque o o Positivo Octa, smartphone com processador de oito núcleos.  

Líder no mercado de PCs há dez anos, a Positivo respondeu
por 16,8% de market share nesse segmento no último trimestre de 2014. Um desempenho
alcançado, segundo Rotenberg, com base no entendimento do consumidor brasileiro
e das características valorizadas por ele e a capacidade de entregar a um preço acessível.

O mesmo caminho é enxergado pela companhia para ampliar sua
presença em celulares, mercado onde atua há dois anos, e que correspondeu por
1,5% de market share no último ano, cuja meta é firmar-se como um “local king”.

Dessa maneira, a fabricante apresenta sua nova oferta
composta por quatro produtos, desenhada em cima da importância que os celulares
ganharam na vida dos brasileiros. “Na hora de comprar um smartphone, os consumidores
brasileiros priorizam tamanho do aparelho, qualidade e resistência da tela, design capacidade de armazenamento, sistema operacional mais
atualizado e resolução da câmera”,
detalhou Norberto Maraschin, vice-presidente de mobilidade da Positivo
Informática.

Dentre os novos modelos, o Positivo Octa (X800) representa “um divisor de águas para a
companhia”, avaliou Maraschin, referindo-se à tecnologia inovadora de
processamento graças ao chipset True
Octa-core (MT6592)
da Mediatek,
parceira da Positivo há dois anos. Graças à distribuição de carga de
processamento em oito núcleos, o chipset permite sustentar um alto desempenho e a realização de múltiplas tarefas.

O aparelho também foi pensado para ajudar o usuário a tirar
o melhor “selfie”, já que possui
recursos de gesto e voz que facilitam o uso de suas duas câmeras de alta
qualidade. O smartphone com tela de 5 polegadas, equipado com Android 4.4 “KitKat”
e atualização automática para Android 5.0, conectividade 3G e memória RAM de
1GB será ofertado a R$ 899 (8GB) e R$ 949 (16GB).

Um preço que entra na categoria do que a companhia chama de
supergama média”,  faixa
intermediária – que representa 20% dos celulares vendidos no Brasil, de
acordo com a empresa – que oferece alta qualidade e design sofisticado a preços
mais competitivos (enquanto aparelhos concorrentes têm atuado em valores acima
de 1 mil reais).

Um celular que ultrapassa a faixa de até R$ 600 antes utilizada
pela empresa. “Não estamos abrindo mão de margem, mas queremos trazer uma
qualidade superior a um preço mais acessível”, explicou Rotenberg. O presidente
também enfatizou que a companhia tem por desafio mostrar o diferencial da
tecnologia “octo” para os consumidores, cuja mensagem resumida é “um celular
que não trava, bateria dura e tela grande”.

Os outros lançamentos incluem o novo Positivo X400, com
design semelhante ao Octa e performance garantida por um processador quad-core
de 1.3G Hz combinada a um preço mais atrativo de R$ 549, mesma faixa de preço do
novo Positivo S550, phablet de 5,5 polegadas, ofertado a R$ 569. E, por
último, o Positivo P30, um feature phone com conectividade 3G, a preço de
R$169 – “é o primeiro fabricado no Brasil que trár capilaridade e volume para
a Postivo, pois consegue atender a esse mercado”, descreveu o VP de mobilidade.

Os novos modelos chegam às lojas em março, de modo que a
venda será baseada em canais varejistas e operadoras. Inicialmente, a TIM terá exclusividade
de venda do X800 no primeiro trimestre.

Estratégia e
perspectivas econômicas
A estratégia da Positivo hoje é calcada na internacionalização para mercados como
América Latina, África e China e na
diversificação,
à medida que lidera uma transformação de suas ofertas antes baseadas na venda
de PCs em direção ao desenvolvimento de dispositivos móveis, segmento no qual
investiu de 241 milhões nos últimos cinco anos para o desenvolvimento de produtos.

Atualmente, a fabricante brasileira possui, além de três
fábricas no País, dois escritórios na China, duas fábricas na Argentinas (onde
é líder de market share de PCs com
20% do mercado) e uma fábrica em Ruanda, onde ganhou um contrato como governo
local para a venda de PCs.

Com o dólar a R$ 2,90,
o presidente da companhia acredita que a indústria de eletrônicos vai sofrer. “Não vejo o copo tão vazio, vejo meio cheio. O mercado está ruim, está crescendo
menos do que a gente imaginava, mas eu ainda vejo crescimento no mercado de
celulares. O País tem uma crise econômica forte e uma desvalorização cambial
forte, esses dois fatores são ruins, mas a gente vê o crescimento em celulares
para este ano”, enxerga Rotenberg. 

Sobre a entrada da Xiaomi no mercado brasileiro, anunciada recentemente, o executivo analisa como um algo que deve ser olhado com atenção, mas enfatiza que estratégia da Positivo continua forte. 

Newsletter de tecnologia para você

Os melhores conteúdos do IT Forum na sua caixa de entrada.