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Com Google Cloud, Natura inova e reduz tempo de teste de cosméticos

Gigante da beleza e das vendas diretas, a Natura tinha um desafio computacional pela frente, criado justamente pela decisão de abraçar a ética em respeito ao bem-estar dos animais. Adepta do cruelty free (livre de crueldade) desde 2006, a fabricante deixou de fazer testes em animais e também de comprar insumos ou ingredientes advindos de testes em coelhos, macacos e outros bichos. Em substituição a esse processo, a empresa investiu no desenvolvimento de metodologias alternativas – 67, no momento, em parceria com universidades e instituto de pesquisas – para avaliar a segurança e eficácia de seus produtos na pele humana.

A troca louvável, no entanto, passou a demandar um altíssimo poder de processamento da TI da Natura. Esse cenário levou a fabricante a iniciar a busca por um provedor de cloud computing parrudo e, ao mesmo tempo, rápido o suficiente para suportar testes vitais no processo de desenvolvimento de seus cosméticos.

Foi assim que a empresa chegou ao Google Cloud Platform. “Nos sobressaímos ao conseguir, com pouco recurso computacional, muita performance a um baixo custo”, recorda Antonio Chaddad, gerente de contas do Google Cloud para o Brasil.

Após avaliar opções do mercado, a Natura tomou uma decisão tecnológica que impactou diretamente na sua rotina de testes. A multinacional brasileira abraçou, em agosto de 2017, a plataforma Google Cloud, em um processo de migração para a nuvem de todos os dados técnicos resultantes de testes laboratoriais realizados para avaliar a efetividade de ingredientes ativos que compõem uma formulação cosmética.

Esse processo de inovação também favorece a ponta de lançamento de produtos. Uma vantagem competitiva considerável no país que está entre os cinco maiores consumidores globais de produtos de higiene pessoal e beleza.

“O volume de dados gerado pelos testes é muito grande, então a robustez do Google Cloud Platform é fundamental para o sucesso dos experimentos”, conta Daniel Gonzaga, diretor de Inovação de Produtos da Natura. “Além de armazenar informações do ativo cosmético e do modelo de estudo, a nuvem as cruza com agilidade e registra no histórico as evidências geradas, contribuindo até para estudos futuros”.

A Google Cloud Platform possibilitou à Natura otimizar os testes laboratoriais simulando os protocolos com pequenas variações em larga escala no ambiente virtual. Na prática, a tecnologia na nuvem ajudou a fabricante a reduzir o tempo e o custo de execução dos ensaios em laboratório.

Um experimento simples demonstra os ganhos em tempo e escala do projeto de testes. O que antes demorava 48 horas para processamento, agora é realizado em apenas 13 horas, uma redução significativa quando são feitos de 200 a 300 processos como este simultaneamente, algo possível pela escala computacional na nuvem.

“Reduzimos também o retrabalho do pesquisador, pois agora temos a confirmação da eficácia do ativo de uma forma rápida e acessível”, explica Gonzaga. Em muitas ocasiões, inclusive, o pesquisador deixará de fazer determinado teste por já saber que não funciona, propondo uma nova metodologia, com mais chances de sucesso.

Outra vantagem obtida é a possibilidade de pesquisar e correlacionar dados de estudos já realizados no sistema para auxiliar na tomada de decisão. Tecnicamente, o algoritmo roda no GKE (Google Kubernetes Engine) – sistema de orquestração de containers open-source que automatiza a implementação, o dimensionamento e a gestão de aplicações nos repositórios de dados.

A solução do Google foi escolhida pela Natura após uma prova de conceito, na qual o serviço e a capacidade de entrega foram testados. “A plataforma entregou resultados eficientes e o investimento foi menor do que projetamos”, conta Luiz Mussini, diretor de infraestrutura de tecnologia digital da Natura.

Escalabilidade e segurança também foram atributos relevantes na escolha da solução. Não fosse a plataforma na nuvem, a Natura teria que operar um datacenter só para isso. Hoje, essa capacidade computacional é oferecida sob demanda. Ou seja, a plataforma do Google funciona como se fosse uma grande máquina, usando o poder de processamento de todas as máquinas em conjunto. E o pagamento só ocorre quando se usa esse poder computacional.

 

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