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Cloud Computing: nem tanto ao céu, nem tanto à terra

Interessante pensar em como vivemos em um mundo polarizado, muitas vezes até radicalizamos nossas opiniões, sem parar para pensar que pode haver um meio termo entre nossa própria opinião e a opinião alheia.

Após muitos anos no mercado de Tecnologia da Informação, tive a oportunidade de presenciar inúmeras vezes, discussões acaloradas sobre qual o melhor caminho seguir para resolver algum problema do negócio. Antigamente, as discussões eram muito mais simples, pessoal da TI apenas ditava a regra do que era possível fazer e o negócio que se adaptasse à TI. Essa postura, felizmente acabou já a algum tempo, afinal o que puxa qualquer empresa pra frente, são os seus clientes, através de suas áreas de negócios.

Me lembro quando trabalhei no Gartner e, em 2011, assisti uma apresentação super provocativa, que dizia que “Toda empresa será uma empresa de TI”. Confesso que levei um tempo pra entender o que estava por trás daquela provocação, até que entendi: As empresas dependerão cada vez mais da tecnologia, para não apenas controlar e gerir seus negócios, mas também entender as demandas, comportamentos e necessidades de seus clientes, buscando antecipar essas demandas e se destacarem dos concorrentes.

Não por acaso, no mesmo momento surgiu o advento do Shadow IT – a TI paralela, quando muitas áreas de negócio de inúmeras empresas, começaram a buscar soluções de TI por conta própria, usando budget próprio, para conseguirem ter a agilidade que o negócio precisa ter, o que estava por trás de tudo isso? O Cloud Computing! Aplicações diversas, e-commerce e muito mais, foram contratados muitas vezes sem ao menos a área de TI ser comunicada, causando uma série de problemas de gestão e governança, mas, proporcionando uma integração e alinhamento entre TI e negócio, favorecendo a agilidade corporativa necessária.

Com o crescimento da adesão e diversidade de opções de provedores de Cloud Computing, muitas empresas acreditaram que haviam encontrado a solução para todos os problemas e começaram a se beneficiar desse maravilhoso cenário, onde não há limites para escalar uma aplicação, crescer a quantidade de acessos simultâneos, aumentar tamanho de armazenamento e por aí segue, mas seria possível acreditar que uma única arquitetura seria a solução para qualquer tipo de necessidade de qualquer cliente? Eu nunca acreditei! Afinal, tudo tem limite ou um custo elevadíssimo associado e com o Cloud Computing não é diferente.

É claro que existem aplicações que já não fazem mais sentido rodarem dentro das empresas, acho que o melhor exemplo disso são as plataformas de e-mail, mas as soluções de e-mail, servem efetivamente para qualquer empresa. Existem várias outras soluções que já nasceram na nuvem e trazem benefícios enormes aos negócios, sejam por proporcionar colaboração entre empresas ou por permitir um licenciamento adequado, mas sempre é necessário analisar muito bem o custo associado.

Existe um movimento muito forte atualmente chamado de Repatriação de Cloud, ou seja, clientes que migraram seus ambientes computacionais para a Nuvem Pública sem o devido planejamento de crescimento e custos e que após experimentarem os custos aumentarem de forma descontrolada, estão trazendo de volta parte ou todas as aplicações para seus Data Centers próprios.

Voltando à questão da polarização, acredito que o mundo é híbrido. Ajudo meus clientes a criarem suas nuvens privadas em seus próprios Data Center ou em seus parceiros de hosting e os ajudo com toda a orquestração e softwares necessários para que tenham o melhor proveito dos dois mundos, a nuvem privada, própria, segura e com endereço definido, que proporciona uma gestão apropriada e custos conhecidos, associada a possibilidade de escalar computação para múltiplas nuvens públicas, quer seja por uma necessidade de crescimento de processamento planejado (período de matrículas em uma instituição de ensino ou Black Friday no varejo, por exemplo).

Dessa forma, é possível haver um ótimo planejamento, garantindo assim que as aplicações estejam disponíveis para seus clientes finais, no momento certo e com o custo adequado, afinal, não é uma questão de achar que uma arquitetura é melhor que a outra, é uma questão de sobrevivência para as organizações que disputam muitas vezes cada click que seu cliente final faz em sua aplicação.

*Por Marcelo Pedro, diretor de vendas na Vortex TI.

**Sobre a Vortex TI: há mais de 12 anos no mercado de Tecnologia da Informação, a Vortex TI é uma empresa nacional especializada em eficiência computacional para entregar eficiência operacional para seus clientes. Uma das principais parceiras de importantes players do mercado de TI como: Cisco Systems, NetApp e Rubrik, entre outros. Com operações em todo o território brasileiro, a Vortex TI tem como objetivo primordial entender as necessidades de seus clientes, auxiliá-los na redução de custos, proporcionar um aumento de performance e melhoria de processos, por meio das melhores práticas. A missão da Vortex é oferecer uma nova experiência de performance e alta disponibilidade aos clientes no ambiente de data center. A carteira de clientes da Vortex TI conta com grandes empresas líderes de mercado, como Kroton, TOTVS, Banco Safra, Via Varejo, Centauro, Cinemark, entre outros.

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