Cisco e OCDE lançam hub de bem-estar digital
Pesquisa aborda riscos e benefícios da vida digital e quer ajudar pessoas a encontrarem mais equilíbrio
A fabricante Cisco e a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) anunciaram essa semana o lançamento de um estudo que analisa a relação entre as tecnologias digitais e o bem-estar individual. Descobriu que a adoção dessas tecnologias está acelerada, mas que a maior parte das pessoas não calcula o impacto que elas terão sobre suas próprias vidas.
Os dados do estudo estão compilados em uma plataforma online chamada Hub de Bem-Estar Digital. Estão disponíveis informações sobre treinamento e uso de tecnologias digitais por estudantes, além de índices de balanço entre qualidade de vida e trabalho, saúde e conexão social, entre outros, nos 38 países membros da OCDE e seus “parceiros-chave”, incluindo o Brasil.
O painel é uma iniciativa da Cisco e do Centro para Bem-Estar, Inclusão, Sustentabilidade e Igualdade de Oportunidades (WISE) da OCDE. O objetivo é coletar e compartilhar como as pessoas comuns experimentam a vida digital, e como a tecnologia afeta nosso bem-estar. A metodologia considera dados públicos e pesquisas.
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“O bem-estar digital não é uma coisa só; é multifacetado e interconectado, exigindo uma compreensão holística para navegar responsavelmente na era da IA e além”, diz em comunicado Guy Dietrich, vice-presidente sênior e diretor de inovação da Cisco. “As evidências que reunimos em nosso hub ajudarão as pessoas a construírem relações mais saudáveis com a tecnologia e a criar um futuro digital mais sustentável, seguro e inclusivo.”
O hub é baseado em um framework de bem-estar da própria OCDE. Ele captura evidências em tempo real do bem-estar das pessoas, comportamentos digitais e desigualdades no uso da tecnologia.
A Cisco e a OCDE estão convidando pessoas do mundo todo a contribuírem com suas próprias experiências no hub. Com um número de respostas suficientes, a OCDE irá analisar e sintetizar as experiências das pessoas para tentar encontrar uma “visão holística” do bem-estar digital no mundo em 2025.
Alguns resultados
Segundo o estudo, 40% dos adultos nos países da OCDE não possuem habilidades digitais básicas, o que pode prejudicar a capacidade deles para navegar em ambientes digitais com segurança. Isso inclui a compreensão sobre privacidade digital e implicações para a saúde mental de atividades online.
Mais da metade dos profissionais nesses países estão preocupados com a coleta de dados relacionada à IA e em impactos negativos sobre eles.
“Através do Hub de Bem-Estar Digital, ouviremos diretamente das pessoas para entender melhor a inter-relação entre tecnologia e vida, o que pode informar novas decisões e políticas, e estimular ações para melhorar os resultados para as pessoas”, explica Romina Boarini, diretora do WISE da OCDE. “Até 14% das pessoas nos países da OCDE se sentem solitárias, o que pode ser potencialmente exacerbado pelo uso de ferramentas digitais”, exemplifica.
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