CIO deve ter como meta chegar ao board

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4:02 pm - 20 de abril de 2017

Novos conceitos tecnológicos afetam não só os negócios, mas também causam grandes movimentações de pessoas nas empresas, podendo tornar-se um fator de risco na estratégia de TI. Esse foi um dos temas discutidos na apresentação de resultados do estudo Antes da TI, a Estratégia, entre as 500 maiores companhias do País, conduzido por Sergio Lozinsky, consultor e fundador da Slozinsky, no IT Forum, que acontece nesta semana, na Praia do Forte (BA). O tema resistência a mudanças veio à tona como um dos maiores empecilhos para 40,8% dos CIOs respondentes do estudo.

Restrições financeiras está no topo da lista de “fatores de riscos” com 54,2%. O que chamou mais atenção entre os CIOs, contudo, foi fato de que a resistência interna ainda pode desafiar a TI rumo ao sucesso da implantação da estratégia.

“O CIO tem papel fundamental para alinhamento da empresa com o planejamento de TI, motivando os colaboradores sobre o uso e os benefícios de novas soluções”, comentou Klaiton Simão, CIO da Rede de Hospitais São Camilo.

Elevando esse ponto, a discussão estendeu-se para a “cadeira do CIO”. Como o líder da TI pode chegar ao board da empresa e qual o próximo passo em sua carreira?

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Dos respondentes do estudo, 37,7% têm pretensão de continuar como CIO da companhia durante mais alguns anos. Por outro lado, contudo, apenas 20,4% estão em busca de uma posição hierarquicamente superior. “O CIO tem de ter como meta chegar ao board”, desafia Lozinsky.

Para se alcançar esse objetivo existem desafios. Para isso, ele tem de escolher um caminho: ser evolutivo e disruptivo? Dessa forma, ele conseguirá se preparar melhor e se tornar relevante, não só para a empresa, mas, também, para o mercado.

Um dos CIOs presentes concordou e explicou que preparar a equipe também é importante. Afinal, eles são o espelho do CIO na organização. “Alguns CIOs que conseguiram conquistar isso são altamente cobiçados pelo mercado e recebem entre oito e dez propostas de trabalho com frequência”, enumera Lozinsky.

Outro dado interessante e que foi apresentado no encontro foi com relação ao tempo de experiência dos executivos participantes do estudo. Pouco mais de 46% dizem estar na função de CIO ou principal líder de TI há até dez anos.

“Estamos passando por um momento de reciclagem, uma movimentação de colegas assumindo novos cargos ou se aposentando e, isso, abrirá portas para novos executivos”, comenta Claudio Moura, CIO da Servimed.

Sem dúvida, uma das conclusões da discussão mostrou que a tecnologia influenciará muito os negócios e o líder da TI precisa ter esse o domínio para continuar e/ou ascender para o board da empresa.

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