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Cinco razões pelas quais as empresas serão invadidas por drones

Dez anos atrás, os drones eram usados ​​principalmente por militares e agências de espionagem. Agora eles estão encontrando todos os tipos de usos recreativos e comerciais.

Segundo a consultoria americana Teal Group, o segmento de drones vai movimentar US$91 bilhões até 2024 em todo o mundo. A maioria desses veículos são utilizados para fins militares (89%), mas a expectativa é que a produção e comercialização desses robôs aqueça ainda mais a economia global, gerando mais empregos e criando novas perspectivas de negócios, principalmente visando empresas.

Equipados com câmeras de vídeo, eles podem ser usados em filmagens aéreas profissionais, captando imagens em 4K. O que já virou um mercado rentável dentro do segmento audiovisual.

Com funções para seguir pessoas e objetos, eles podem trabalhar como equipamento de vigilância. Também podem inspecionar o topo de uma torre celular, eliminando a necessidade de alguém fazer uma escalada perigosa. Ou uma extensa área no campo, para mapeamento e, até, controle de pragas.

Diversas experiências de entrega por drones são desenvolvidas ao redor do mundo. Até modelos à prova d’água estão auxiliando no resgate e transporte de objetos no mar, pesquisas subaquáticas e salvamentos.

Por isso, a liberação de regras para o uso comercial de drones é ansiosamente aguardada em diversos países. Nos Estados Unidos, a tarefa cabe à Federal Aviation Administration (FAA). No Brasil, ao Decea (Departamento de Controle do Espaço Aéreo) e também à Anac e à Anatel. Com regras mais claras estaremos mais perto de um futuro em que os pacotes são entregues à sua porta em poucos minutos.

Aqui estão cinco razões pelas quais provavelmente haverá um futuro para drones em sua empresa:

1. Os drones têm aproveitado a evolução em áreas afins, como telefonia móvel e robôs
Uma razão pela qual estamos vendo tanto progresso em drones é que os algoritmos foram desenvolvidos para garantir o vôo estável, tornar a pilotagem fácil e até mesmo permitir o funcionamento autônomo.

Os mesmos chips dos telefones celulares podem ser usados ​​por drones. O Intrinsyc fornece desenhos de referência para drones com base nos chips Snapdragon da Qualcomm . Tal como os smartphones, os drones podem realizar várias tarefas, incluindo controlar as vias de voo, coletar dados visuais, localizar o local e comunicar com o solo.

Drones também pode ser pensado como robôs voadores. Modelos desenvolvidos para hobbyists evoluíram para realizar tarefas que foram antes realizadas com muito maior custo e risco usando helicópteros e aviões de pequeno porte. Muitas aplicações empresariais requerem uma aeronave não tripulada capaz de decolagem vertical e pouso, típicas “dos mini helicópteros do século 21 “.

2 – Drones salvam tempo, dinheiro e até mesmo vidas

Drones não são apenas para captar imagens aéreas emocionantes. Drones podem realizar inspeções rapidamente, examinar infraestruturas críticas, tais como torres de transmissão de energia e comunicação, dutos de água, óleo e gás, pontes, etc. Com eles, é possível evitar o envio de inspectores em ambientes perigosos ou inóspitos.

A Sky-Futures, com sede no Reino Unido, está utilizando drones em forma de bolas de praia para inspeccionar o interior de tanques de armazenamento de produtos químicos perigosos A Cyberhawk Innovations, com sede na Escócia, usa aviões não tripulados para inspecionar coisas que seriam difíceis e perigosas para as pessoas inspecionarem, como as plataformas subterrâneas de petróleo .

De acordo com a Sensefly, fornecedora suíça de sistemas de mapeamento baseados em drone, os vôos regulares permitem a identificação precoce de problemas nos campos de cultivo de grandes fazendas. Os drones evitam a despesa de flyovers tripulados e podem ser usados ​​quando a cobertura de nuvens torna a imagem de satélite impossível.

No Brasil, os drones são peça fundamental no desenvolvimento do programa da Agricultura de Precisão da Embrapa. A Citrosuco, por exemplo, utiliza drones para controle de pragas. No Japão, pesquisadores criaram um drone minúsculo cuja função é polinizar flores para ajudar ou, eventualmente, substituir abelhas. No futuro, esses mesmos pesquisadores esperam usar inteligência artificial, GPS e câmeras em alta resolução para criar drones-abelhas completamente autônomos.

Drones são inestimáveis também ​​para pesquisa e resgate, combate a incêndios florestais e coleta de informações. A Persistent Systems, desenvolvedora de redes móveis ad hoc , fez uma parceria com a Aeryon Labs, fornecedora de pequenos sistemas de veículos aéreos não tripulados (sUAV) , para tornar os incêndios florestais mais seguros e mais efetivos. Ao equipar os drones, no ar, e os bombeiros, no chão, com rádios móveis de banda larga, o centro de comando sabe exatamente onde cada bombeiro está em relação ao incêndio e pode guiá-lo exatamente onde ir.

A Mobilicom, empresa israelense, também desenvolveu uma tecnologia de malha móvel que permite a comunicação de banda larga entre drones e usuários no solo em áreas urbanas.

No futuro, grandes corporações vão empregar frotas de drones para automatizar ainda mais suas operações internas. Por exemplo, a Wal-Mart está experimentando drones para gerenciar melhor os armazéns .

3 – Novas capacidades técnicas estão tornando os drones mais úteis
Hoje há um modelo de drone adequado para cada necessidade. Os de asa rotativa são bons em pairar e os de asa fixa podem voar longas distâncias. Embora a maioria dos drones de asa rotativa alimentados por bateria só possam permanecer no ar por cerca de algumas dezenas de minutos, os de asa fixa podem ser usados ​​para fornecer energia, permitindo que pairem sobre o mesmo local por dias.

Além de algoritmos que asseguram vôo estável, o software foi desenvolvido para vôo autônomo. Um drone pode ser configurado para retornar automaticamente ao seu ponto de lançamento se perder o contato com o solo ou detectar que a carga da bateria está baixa. Também pode ser programado para permanecer dentro de uma área geo-cercada. Algoritmos estão sendo desenvolvidos para evitar colisões ( Lembra do show de drones Shooting Star durante o show de Lady Gaga durante o intervalo do Super Bowl LI?) e software está sendo desenvolvido para permitir a coordenação entre drones e aeronaves maiores.

Em janeiro, a Intel anunciou a aquisição da startup alemã Ascending Technologies, que trabalha com tecnologia para permitir que drones com câmeras 3D se movam na direção certa e evitem colisões. A startup tem fabricado drones e oferece um software “piloto automático” e algoritmos para que drones consigam “perceber” e, então, evitar obstáculos. A Intel espera combinar tais tecnologias com a 3D RealSense, sua tecnologia de câmera que consegue oferecer uma visão tridimensional dos arredores.

Os add-ons populares para drones incluem sensores, câmeras e dispositivos de armazenamento de dados. Os projetores podem ser montados em aviões não tripulados para missões noturnas de busca e salvamento. Drones podem ser equipados com cabo retrátil para entregar pacotes (reduzindo os problemas associados ao pouso).

4 – Estão sendo desenvolvidas ferramentas para garantir a segurança, privacidade e segurança


As pessoas costumam ter três tipos de preocupação com drones. Em primeiro lugar, eles não devem criar riscos de segurança para o tráfego aéreo existente. Em segundo lugar, operadores de drones não devem ser autorizados a espionar em casas. Em terceiro lugar, devem ser tomadas precauções para evitar que os terroristas utilizem veículos aéreos não tripulados para atacar locais lotados como estádios e festivais de música ao ar livre.

Várias soluções de segurança foram propostas ou estão em desenvolvimento. A Amazon sugere manter o espaço aéreo para drones e aeronaves maiores separados, enquanto o Google propõe o uso da tecnologia para garantir que todas as aeronaves sejam mantidas a uma distância segura umas das outras.

A AirMap desenvolveu uma solução de gestão de espaço aéreo de baixa altitude que inclui um sistema de informação geográfica que cobre todos os EUA e que pode ser acessado através da Web ou dispositivos iOS. A empresa LATAS (especializada em tráfego de baixa altitude e segurança no espaço aéreo) tem trabalhado na produção de informações sobre obstruções, soluções de rastreamento de aeronaves existentes e comunicação em tempo real com aviões não tripulados (via celular LTE ).

Regras de privacidade ainda não foram elaboradas, mas as pessoas não querem drones fotografando em seus quintais, o interior das suas casas ou fornecendo detalhes exteriores úteis para assaltantes.

A SkySafe desenvolveu tecnologia para desativar drones que entram em áreas restritas, como o espaço aéreo em torno de estádios e usinas nucleares.

A empresa Airspace acredita que a melhor forma de derrubar um drone é justamente com um outro drone. Pensando nisso, a companhia lançou um novo drone “caçador de recompensas” que consegue capturar outras aeronaves não tripuladas que violem o espaço aéreo.

A Alta Devices, por sua vez, está desenvolvendo desenvolveu painéis solares flexíveis de película fina que permitem drones se manterem ativos nos céus por muito mais tempo. Os painéis são produzidos em finas folhas de plástico que podem ser presas no quadro superior dos drones como o modelo Bramor ppX, desenvolvido pela empresa C-Astral Aerospace.

Recentemente, as duas companhias mostraram uma versão do drone com seis painéis solares fixados ao topo. O drone básico pode permanecer no ar por 3,5 horas, mas a adição dos painéis solares aumentou em duas horas sua autonomia, segundo as empresas que planejam oferecer uma versão comercial do drone solar.

5 – A indústria está se movendo cautelosa mas firmemente para alcançar seu Santo Graal: drones de entrega
Empresas como a Amazon, DHL, Domino, Google e Walmart têm grande interesse nas entregas com drones. Drones pode permitir a entrega ultra-rápida, em áreas urbanas, de itens encomendados a partir de smartphones. Há também entusiasmo sobre o uso de drones para entregar suprimentos médicos em locais remotos. Empresas como Flirtey e Matternet já estão demonstrando essas capacidades.

Mas o uso generalizado de drones para entregas ainda enfrenta uma série de desafios. Vans de entrega são caras, mas custo é diluido por muitos pacotes. Ainda assim, há situações em que as pessoas podem pagar um pouco mais para entrega rápida. Será que pagariam a mais pela entrega com drones? Ou esperam que ela seja mais barata?

Segurança e responsabilidade também são grandes preocupações. O que acontece se um drone perde energia ou falha no meio do vôo, causando danos à propriedade ou ferindo alguém? Mesmo que acidentes desse tipo possam ser raros, gerariam uma grande quantidade de publicidade ruim. Em áreas densamente povoadas, os drones de entrega devem voar sobre casas e quintais ou devem se manter em estradas públicas?

Os drones de entrega certamente serão usados ​​em aplicações para as quais o custo não é uma preocupação, como a entrega de equipamentos médico como desfibriladores para tratar pessoas em parada cardíaca em meio a acidentes de trânsito em muitas cidades grandes, onde é impossível chegar rapidamente ao local pelas vias de transporte terrestre.

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