As polêmicas envolvidas na semana passada com o CEO da Mozilla, Brendan Eich, acabaram na renúncia do cargo pelo executivo, anunciada nesta quinta-feira (7) no blog da empresa.
Nos últimos dias, Eich foi amplamente criticado por internautas, funcionários e até empresas do mundo de tecnologia desde que revelações sobre a postura contrária do executivo em relação ao casamento gay vieram à tona.
Em 2008, Brendan Eich doou US$ 1000 em apoio à campanha de aprovação da medida “Proposição 8”, que modificava a definição constitucional do casamento como sendo uma união entre um homem e uma mulher. Dessa forma, a medida, votada e aprovada no estado da Califórnia (EUA), proibiu o casamento entre pessoas do mesmo sexo.
Desde as revelações, Eich, que assumiu o posto de presidência da companhia de tecnologia criadora do navegador Firefox na semana passada, teve seu posicionamento criticado por usuários e internautas nas redes sociais, que mobilizaram um boicote à Mozilla em prol da causa de igualdade de casamentos LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais e Transgêneros).
O fato culminou no boicote do site americano de relacionamento OKCupid ao tráfego vindo do navegador da Mozilla (que representa cerca de 12% do volume total de acessos). Alguns veículos de notícia afirmam, ainda, que a posse do executivo teria levado três funcionários a pedirem demissão da empresa.
Tradicionalmente, empresas de tecnologia como Google e Facebook sempre se mostraram a favor da igualdade e liberdade, apoiando a causa LGBT até mesmo em suas campanhas, bem como em suas políticas internas. O Google, por exemplo, trouxe recentemente no Doodle (versão do logotipo de seu buscador) um logo com as cores da bandeira do movimento LGBT em resposta à lei russa contra ‘propaganda homossexual’. A campanha foi realizada durantes os jogos Olímpicos de Inverno de Sochi, na Rússia, em que defendeu o esporte sem discriminação. Em 2012, funcionários do Google Brasil também produziram vídeo em apoio ao casamento gay que foi publicado no YouTube.
Em seu blog, a Mozilla afirma que a decisão pela renúncia foi tomada por Brendan Eich. A empresa lamenta a saída do executivo e reconhece a insatisfação do público em relação ao acontecimento. A companhia assumiu, ainda, que é a favor da igualdade e liberdade de expressão e que busca refletir os princípios de diversidade e inclusão em sua cultura.
“Temos funcionários com uma grande diversidade de pontos de vista. Nossa cultura de abertura estende-se a incentivar a equipe e a comunidade a compartilhar suas crenças e opiniões em público. Isto busca diferenciar a Mozilla da maioria das organizações e nos garantir um padrão mais elevado. Mas desta vez, falhamos em ouvir, engajar e sermos guiados por nossa comunidade.”
Em nota, a Mozilla comunicou que não fornecerá maiores esclarecimentos sobre o assunto no momento.
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