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Burnout dispara com Covid-19: Mais de 70% dos profissionais em TI estão esgotados

Você está enfrentando desgaste na sua empresa? Qual é a principal causa de desgaste dos funcionários no seu local de trabalho atual? Essas perguntas nortearam a pesquisa The State of Burnout (O estado do Burnout) da plataforma Blind sobre a saúde-mental dos colaboradores anônimos das organizações. Mais da metade dos profissionais que responderam aos questionamentos afirmaram que o nível de estresse e ansiedade aumentou após o surto da Covid-19.

Em fevereiro, uma pesquisa da Blind concluiu que quase 61% dos profissionais estão esgotados. As mesmas perguntas foram feitas novamente para 6.789 usuários da Blind, entre 30 de abril e 5 de maio, para ver como a saúde mental no local de trabalho está evoluindo ao longo da pandemia e, dessa vez, 73% dos profissionais alegaram estar exaustos.

Destes, um em cada cinco profissionais disse estar esgotado pelo medo referente à segurança no emprego (19%); 20,5% sentem que têm uma carga de trabalho incontrolável; e mais de 10% dos profissionais sentem que não têm controle sobre seu trabalho.

Em fevereiro, os motivos foram outros: 25% citaram carga de trabalho incontrolável, enquanto quase 16% citaram recompensas insuficientes; e 15% citaram falta de controle sobre o trabalho.

Os trabalhadores de tecnologia estão mais esgotados que os de finanças agora e em fevereiro, de acordo com a Blind. Antes da Covid-19, quase 62% dos trabalhadores de tecnologia relataram estar esgotados em comparação com quase 59% dos trabalhadores de finanças. Na última pesquisa, os números se aproximaram: quase 74% dos profissionais de tecnologia disseram estar passando por um desgaste, em comparação com 71,5% dos profissionais de finanças.

Com um movimento tão positivo no sentido de desestigmatizar a saúde mental e as conversas sobre mudanças permanentes para trabalhar no futuro próximo, o esgotamento deve agora ser incluído na vanguarda da conversa, segundo Kyum Kimo, Cofundador da Blind.

Kimo disse que os resultados da pesquisa são preocupantes, mas não surpreendentes. A conversa sobre burnout nunca foi linear e conforme as pessoas precisam se manter em isolamento social implicações para a saúde aumentam, como ansiedade, insônia, depressão, abuso de substâncias e doenças cardíacas.

Saúde mental no isolamento social

A empresa pretendia avaliar o “bem-estar emocional da plataforma” em termos de níveis de ansiedade, sentimentos de solidão e produtividade durante o distanciamento social. A pesquisa mostrou que 56,4% dos profissionais experimentam sentimentos crescentes de ansiedade durante o home office e o distanciamento social. Outros 52,9% dos profissionais experimentam maior solidão durante essa experiência.

Essas estatísticas têm histórias e um custo humano por trás delas. Um profissional anônimo da Cisco afirma: “A maioria das pessoas já gastou tempo suficiente para digerir o que significa distanciamento social. Agora que a realidade é aceita, precisamos de maneiras criativas de se ocupar”. Essas estatísticas e tendências prenunciavam o aumento acentuado do esgotamento, aponta o relatório.

Para adicionar outra camada, o burnout pode parecer pessoal. De acordo com a pesquisa, os principais motivos para o esgotamento estão no medo em relação à segurança no trabalho, carga de trabalho não gerenciada e falta de suporte gerencial. O que os líderes de nível C podem fazer para resolver um problema pessoal sistematicamente, em um momento em que eles nem sequer podem ter uma interação pessoal com eles? O que os líderes que estão pensando em manter suas empresas remotas permanentemente precisam saber?

“Depois de ver os dados, acreditamos que essas respostas são encontradas no que está causando principalmente burnout”, disse a empresa em seu blog.

Empresas que mais consomem seus colaboradores

Maioria (88%) dos usuários da plataforma verificados como profissionais da Lyft alegam exaustão, maior índice identificado na pesquisa com a comunidade do aplicativo, seguidos por 82% da Uber. Outros funcionários exaustos estão no Airbnb e no LinkedIn (ambos quase 81%); seguido de perto pela Oracle (80%); Cisco (quase 78%); Salesforce (77%); Apple (inalterado em 75%); PayPal (75,5%); e Grupo Expedia (75%), segundo a pesquisa.

Principais empresas que menos consomem

A Bloomberg tem a distinção de ser a empresa menos consumidora, em fevereiro e maio, embora as porcentagens variem: ficou em 45% em maio, em comparação com 38,5% em fevereiro. Outros na lista de maio: SAP (59%); Nvidia (quase 64%); Adobe (quase 65%); Google (quase 66%); Facebook (66%); Intel (68%); eBay (70%); Careem (72%); e Microsoft (73%).

Depois da Bloomberg, as outras nove empresas com menos burnout em fevereiro foram: Intuit (42%); Grupo Zillow (44%); Salesforce (48%); IBM (50%); SAP (52%); Nvidia (52%); Intel (53%); eBay (54,5%); e Workday (57%).

Por função de trabalho, o maior desgaste nos dois períodos foi em marketing e comunicação (75% em fevereiro e passando para 83% em maio); finanças e contabilidade (quase 67% em fevereiro e aumentou para quase 83% em maio).

Em fevereiro, as vendas/suporte foram a terceira função mais consumida no ranking, com quase 65%. Em maio, a estratégia/operações de negócios conquistou o terceiro lugar em quase 79%.

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